2018 vai ser um desafio para a articulação política do governo

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O primeiro ano do mandato de Victor Coelho (PSB) como prefeito de Cachoeiro de Itapemirim se foi em meio à críticas inerentes ao período de ajustes e adequações naturais a qualquer gestor que acaba de assumir. O ponto alto do governo, na opinião do colunista, foi o trabalho em torno da transparência, que conquistou um salto considerável no ranking do Tribunal de Contas (Leia aqui).

O início da gestão foi marcado por atrasos no funcionamento das licitações, o que causou falta de insumos em escolas e postos de saúde; sem contar com a traumática compra, em caráter de urgência, da merenda escolar – fato que, até então, não houve penalização a quem quebrou a sequência regular dos certames necessários para não colocar a alimentação dos alunos em risco de desabastecimento.

No entanto, o exercício diário da função foi normalizando o andamento da máquina pública. Muitas das críticas estão atreladas à impossível renovação dos anseios antigos das comunidades, realidade distinta dos mandatos. Ou seja, um mandatário entra em meio a um turbilhão de demandas urgentes e de impaciência, que cresce por conta da expectativa gerada.

Outras são de caráter pontual, como ocorreu no episódio de o governo querer aumentar o salário dos secretários municipais no mesmo momento em que dizia que não poderia dar reajuste ao funcionalismo enquanto tivessem servidores com salário inferior ao mínimo, como ocorre em quantidade assustadora. Os chefes de pastas municipais não ‘furaram a fila’ do benefício porque o prefeito desistiu do aumento.

Ainda assim, uma avaliação precisa sobre a qualidade da gestão de Victor Coelho poderá ser construída neste 2018. Isso porque a administração será regida a partir de uma peça orçamentária de autoria do próprio socialista. Daí, as alterações feitas neste planejamento podem apontar a sua imprecisão.

E é neste ponto, de possíveis alterações e remanejamentos, que entra o desafio político que governo enfrentará, com o agravante de ser um ano eleitoral. Não foi à toa que a Câmara Municipal limitou em 25% as vezes que o prefeito poderá relocar recursos de uma secretaria para outra (para reforço de despesas já previstas) sem precisar da autorização dos vereadores. Na maior parte desse gerenciamento, a administração só terá êxito se estiver bem com os edis.

Com isso, será preciso vigilância para identificar quais mecanismos serão utilizados para a busca da governabilidade e também os para a oferta, para que não se institua em definitivo uma relação de moeda de troca entre os dois poderes.

A Câmara Municipal será um dos instrumentos de alerta em possível uso da máquina pública com cunho eleitoreiro. Lá tem ensaístas a uma candidatura e, por isso, os excessos nos discursos de satisfação e de insatisfação sobre as ações do governo terão peso denunciatório. Do outro lado, será preciso destreza para lidar, principalmente, com as demandas ‘afloradas’ daqueles que estão obcecados pelo voto.

Victor surgiu na política com discurso quase que apolítico, certamente por ser avesso ao ‘lado sombrio e podre’ que insiste em nos rodear no Brasil. Neste ano, é o momento dele colocar em prática as habilidades deste novo jeito de fazer política nas articulações com figurões de outros partidos e também do próprio PSB, sem que isso resulte em mau uso do dinheiro do contribuinte.

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