“Busco 60 litros de água na casa de minha mãe, todo fim de semana, em Coutinho, para minha família”. “Tenho empresa com 80 funcionários e, há 16 anos, levo água para eles”. Os depoimentos retratam a realidade das comunidades de Sapecado e Km 9, no distrito de Conduru, em Cachoeiro de Itapemirim. Sem rede de distribuição, a água do local é imprópria para consumo.
O prefeito Victor Coelho (PSB) esteve durante toda manhã nesta região, acompanhado do vereador Silvinho Coelho (PRP) e de secretários, e garantiu aos moradores a resolução do problema. “Temos o projeto e o recurso. Falta apenas encontrar o melhor caminho jurídico para executar”.
A notícia animou o comerciante Valtencir Fassarela, que semanalmente vai a Castelo, município vizinho, para garantir água potável para a família e esperançou o empresário Eduardo Colodetti, que serve não somente as dezenas de colaboradores como também parte das famílias que residem no entorno de sua empresa, em situações extremas.
“Na última estiagem, os moradores recorreram à água de meu poço artesiano porque a cacimba deles estava seca. No dia a dia, tenho que buscar água potável, senão os funcionários ‘morrem’ de sede”.
Diante da gravidade do tema e das inúmeras promessas que nunca ‘saciaram’ a dignidade desses cachoeirenses, a pergunta principal foi em relação ao tempo para resolver o problema.
“Assim que identificarmos o melhor meio jurídico, levará cerca de seis meses o trâmite burocrático e até 120 dias para concluir a obra, a contar da ordem de serviço”, afirmou o prefeito.
“A obra consiste em 21 km de extensão de rede. O valor é R$ 2,1 milhões; porém, se fizermos aditivo o preço sobe para R$ 3,8 milhões. Procuramos caminho para que a obra seja feita no valor que é”. Mais de 120 famílias serão beneficiadas.
Demandas
Outras demandas da comunidade foram voltadas ao reforço na segurança, iluminação, telefonia e adequação da área industrial junto ao Plano Diretor Municipal (PDM). As autoridades políticas visitaram outros pontos do distrito.