A maioria dos usuários do transporte coletivo de Cachoeiro de Itapemirim irá pagar mais caro no preço da passagem a partir de domingo (3). São 412.229 passageiros/mês que pagam a viagem com dinheiro e somente estes que sentirão no bolso os R$ 3,40. Enquanto isso, quem já adquiriu o Cartão Melhor – que é gratuito – continuará pagando os ainda atuais R$ 3,20. Conforme a Agersa, estes são 65.211 usuários/mês.
As pessoas que preferem utilizar dinheiro irão deixar de pagar a mais somente R$ 0,05, que é o valor do subsídio que a prefeitura dispõe para este tipo de ‘operação’. Já que possui o cartão, tem descontado no crédito R$ 3,20 e tem a sua tarifa subsidiada no valor de R$ 0,25. Ou seja, o reajuste real da passagem é de R$ 3,45; porém o subsídio favorece quem tem o cartão. Daí a pergunta: por que não tê-lo?
O bom funcionamento da própria integração do sistema de transporte também depende do uso do cartão. Um dos motivos principais é a falta de terminal físico no município; o bilhete o torna virtual. Sem ele, o cidadão (ã) que saiu de um bairro desejando ir a outro terá que pagar nova passagem ao descer no Centro – diferentemente com o uso do cartão que garante carência de uma hora para novo embarque, gratuito.
Outros pontos positivos são o aumento da segurança nos ônibus, por ter menos dinheiro no veículo – apesar do cofre e das câmeras de segurança -; a agilidade na entrada, por não precisar da contagem do troco, e o maior controle da quantidade de passageiros via o sistema de bilhetagem eletrônica.
De acordo com o site do consórcio Novotrans, para ter o cartão basta levar o CPF e RG até à loja que funciona no 1º piso do Shopping Cachoeiro. Não há valor mínimo e máximo de recarga e os créditos são acumulativos. A maior adesão ao sistema integrado do transporte coletivo, além de não ser atingido pelo aumento da passagem, pode ser um passo importante para que este serviço atenda a todos os usuários com mais qualidade