O economista e ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, estará no Recife, na próxima quinta-feira (14), para debater e apresentar o modelo de gestão e equilíbrio fiscal que implantou no seu Estado, ajudando o governo capixaba a enfrentar a crise, reconquistar organização das finanças e inovar em políticas sociais com índices robustos, como por exemplo, melhor ensino médio do país e maior redução do índices de homicídios do Estado. É a primeira apresentação de Hartung no Nordeste.
Para Paulo Hartung, a situação crítica das contas estaduais não pode servir de pretexto para que governadores condicionem seu apoio à reforma da Previdência a alguma forma de socorro da União para os Estados.
“A reforma é importante para o governo federal, para os Estados e para os municípios’, ou seja, ‘é importante para o País’, razão pela qual ‘não faz sentido nenhuma ação de toma lá dá cá’.”, avalia Paulo Hartung.
“A reforma da Previdência não é uma escolha, e sim uma imposição dos fatos, e, portanto, não pode ser objeto de barganha – pela simples razão de que uma eventual rejeição do projeto seria catastrófica, não apenas para o governo federal, mas para todos os entes federativos e para o conjunto dos cidadãos”, completa o economista e ex-governador.
Ou seja, como dizia o dramaturgo Nelson Rodrigues: “A vida é como ela é”.
Modernização da lei de responsabilidade fiscal
Hartung também falará sobre a modernização da lei de responsabilidade fiscal, saúde financeira dos Estados e atuação do Governo Federal para aprovação de reformas estruturantes no Congresso. “Só cuida das pessoas quem cuida das contas públicas”, afirmou.
O ex-governador defende a tese de que austeridade fiscal não impede investimentos públicos em áreas prioritárias. Ele cumpre a agenda a convite da Rede Gestão. A palestra será no Mar Hotel, na próxima quinta-feira (14), às 8h30.