O Dia do Artesão, em Cachoeiro de Itapemirim, foi marcado por evento voltado às profissionais do setor no Museu de Ciência e Tecnologia. O poder público comemora os espaços abertos para comercialização dos artesanatos, assim como a oferta de cursos de capacitação. Por outro lado, avalia avanços aos artesãos cachoeirenses que expõem seus produtos nas ruas.
O subsecretário de Trabalho e Rendas, Ramon Rigoni, disse que há a filosofia de manter os trabalhos já existentes e ampliar ações que beneficiem os profissionais. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico está sob a chefia de Francisco Montovaneli, que foi nomeado há poucas semanas.
“Na Exposul, que acontece no início de abril, haverá curso para as artesãs participarem. Além disso, vamos promover a Feira do Artesanato, que, neste ano, acontecerá na semana que antecede o Dia das Mães”, contou.
Ramon informou que o evento acontecerá na praça Jerônimo Monteiro e a intenção é fixa-lo no calendário de eventos do município. “Queremos garantir a presença delas em outros eventos, inclusive junto aos aparelhos turísticos, em parceria com a pasta de Cultura, a título de exposição”. Há cerca de 180 artesãs cadastradas em Cachoeiro.
“Estou achando muito interessante as propostas da prefeitura em favor do artesanato da cidade, principalmente quanto a garantia de viabilizar espaços para comercialização dos produtos”, disse a artesã Gabriela Cipriano.
Sem local fixo
O subsecretário de Trabalho e Rendas, Ramon Rigoni, disse que há a intenção de buscar local para a utilização dos chamados ‘artistas de rua’, que também são artesãos. “Falta estudar isso a fundo, catalogar, quantificar antes de buscar esta solução”.
A reportagem conversou com dois desses artistas de rua e, ambos, não se mostraram muito agraciados com as investidas do poder público. Eles afirmaram que a prefeitura viabilizou a Carteira do Artesanato, porém precisa de mais alinhamentos.
“Já conversamos com o poder público em fevereiro e outubro de 2018; no entanto, não temos uma liberação para trabalhar: estamos à mercê da fiscalização”, disse o artesão Felipe Macedo Mancini Piassi, 35 anos.
Ele contou que a prefeitura doou os materiais para eles produzirem as mesas para exposição do artesanato. Esses itens ficam guardados dentro do palácio Bernardino Monteiro. “Já aconteceu de algumas quebrarem lá. Além disso, não temos acesso livre para pegar, como nos fins de semana, por exemplo”.
Relação com comércio
O artesão Bruno Felicio, 39 anos, que também expõe na calçada do outro lado do Banco do Brasil, no Centro, disse que a relação com os profissionais do comércio é saudável. “Quando um de nós não vem trabalhar, eles perguntam preocupados se é algo relacionado à saúde; também nos passam recados de clientes”.