Sobrecarga dá sinais de falhas na articulação política da prefeitura

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Descentralizar. Esta palavra é uma entre tantas outras mais ditas no meio político-administrativo-eleitoral. Não só e não atoa, óbvio: todo empreendimento público ou privado tem a sua efetividade atrelada – também – à delegação de responsabilidades.

Já escrevi, até por mais de uma vez, sobre o resultado positivo do trabalho do atual secretário de Governo, Paulinho Miranda. Reafirmo que dinamizou as ações do governo; harmonizou as relações políticas com a Câmara Municipal e ‘azeita’ a relação popular para ascender a imagem da administração do prefeito Victor Coelho (PSB) – além do volume de obras em curso.

No entanto, essas funções citadas acima demandam demais; outra: há mais atribuições sobre o Miranda. Antes, vamos estratificar o que registrei. No âmbito governamental, o monitoramento aponta para mais de 20 secretarias e autarquias; na Casa de Leis, são 19 vereadores – podemos considerar a manutenção de 16 da base aliada; nas ruas, falamos de mais de 200 mil pessoas.

Nesse rol, ainda há a relação com a imprensa, uma vez que a Comunicação é departamento da pasta que Paulinho chefia; acompanhamento contínuo junto às inúmeras empresas contratadas e a ‘pincelada’ na Secretaria de Serviços Urbanos, a qual ainda o persegue (até mesmo para manter o ritmo do período que esteve à frente dela).

Na questão eleitoral, Miranda cuida prudentemente da reeleição de Victor, fortalecendo os partidos que acredita serem aliados em 2020 – ao mesmo tempo que (imagino) pensa em viabilizar o próprio nome a um cargo eletivo. Enquanto isso, há siglas aliadas ‘gritando’ que terão pré-candidatos a prefeito.

Ainda na trilha eleitoral, vale trazer à tona que o secretário de Governo é vice-presidente do PSB cachoeirense. Sintetizando, ele é o elo entre o grupo governista (que se filiou para a eleição de 2016) e o núcleo raiz socialista. Nos bastidores, a realidade é que o ‘ninho da pomba’ necessita de musculatura para ter chapa proporcional forte para o pleito que se avizinha. Além do ‘sedentarismo’, ainda há ‘lesões’/arestas com correligionários históricos que surgiram quando Victor discursou pela primeira vez como candidato na sede socialista.

Num breve ‘mergulho’, praticamente não se vê socialistas da ‘velha guarda’ no governo, nem mesmo aproveitamento maior da experiência de seis mandatos do vereador Alexandre Bastos, que é presidente do PSB. E, para quem não lembra, Bastos abriu mão de sua pré-candidatura a prefeito para Coelho.

Enfim, não trago suspeitas da habilidade e inteligência de Paulinho Miranda; só faço lembrar do que é humanamente possível. E exemplifico: no evento de entrega do cartão do auxílio alimentação aos agentes de saúde e de combate a endemias, que aconteceu na quarta (15) no teatro, nenhum vereador foi oficialmente convidado, sendo que o projeto de lei que estendia o benefício foi aprovado por unanimidade pelos edis.

Ou seja, lá trás dividiu-se as vaias com o projeto do subsídio e, agora, não compartilhou os aplausos na injeção de R$ 300 no bolso de mais de 350 servidores públicos. Isso não soou bem nos gabinetes da Casa de Leis.

No caso do PSB, reforça-se a especulação de que Miranda deixará o partido para ser vice de Coelho e assumir a principal cadeira do palácio após possível êxito do atual gestor na Assembleia Legislativa.

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