Presidente da OAB tenta ‘apagar incêndio’ em Cachoeiro

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O ser humano é um agente político; mesmo sem saber, até mesmo, afirmando odiar tal ciência. Óbvio. E essas vestes têm o brilho reforçado quando o cidadão comum, simples mortal, cobre-se com a toga de uma entidade pública: pronto, seu chão, automaticamente, torna-se um tabuleiro de xadrez.

Há aqueles que preferem jogar ‘dama’ ou se aventurar no ‘jogo da velha’ ou qualquer outro similar, menos arriscado. Digo isso, porque, na vida política, é preciso ter a sapiência para mover as peças do tabuleiro. Enfim.

O que trago neste editorial – a introdução pode ser mera coincidência – é o aparente incêndio político que se alastra na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – seccional sul capixaba. Há a sensação, com fortes evidências e fatos (este ‘escriba’ tem provas), de uma batalha política-eleitoral iniciada no último pleito da ‘ordem’ no ano passado.

E a relevância do que registro aqui se justifica com a vinda – a Cachoeiro de Itapemirim -, nesta quinta-feira (1), do presidente estadual da OAB, José Carlos Rizk Filho. Já que trouxe ‘nomes’, vamos mais a fundo.

Em 2018, José Carlos foi eleito para a chefia da OAB no estado. Porém, em Cachoeiro, ele perdeu por cerca de 60 votos. E a chapa local, da base dele, foi derrotada por diferença de apenas dois sufrágios (428, chapa Avante OAB – aliada a Homero Mafra -; 426, Renova OAB).

A oposição empossada nestas terras quentes reclama de supostas interferências políticas de Rizk. A principal delas é a respeito da alteração do sistema de repasse de verbas destinadas ao custeio operacional da secção local.

Segundo alguns da ‘velha guarda’, a destinação de recursos da ‘estadual’ para cá, constitucionalmente, acontecia anualmente. Agora, ocorre mensalmente e mediante a solicitação da chefia local (Adílio Neto é o presidente), condicionada à apresentação das despesas. A queixa oposicionista é que no próximo dia 15 (agosto) vence o segundo mês sem repasse – o caixa cachoeirense está, conforme fontes, com cerca de R$ 50.

A nova engenharia implantada por José Carlos, de imediato, faz este editorialista interpretar uma medida de contenção de despesas e responsabilidade na aplicação do dinheiro angariado pela OAB. No entanto, a direção local enxerga uma ‘jogada política’ para que todas as seccionais do estado se acostumem a ter o ‘pires’ na mão para receber a benevolência. Pontos de vista à parte, o caldo engrossou.

Nesta semana, um fato ocorrido em grupo de Whatsapp de advogados inverteu ou determinou nova lógica. Está para acontecer um evento da OAB no município; no folder, José Carlos está estampado como palestrante, porém, como dizem, ele não ministrará. Adílio teria telefonado para uma advogada cachoeirense – ligada ao presidente estadual e com status por ele lhe conferida – solicitando a retirada da imagem dele da divulgação. Problema: essa conversa telefônica fora gravada e divulgada no grupo do aplicativo para aparelhos celulares.

As reações efervesceram com alto teor de revolta. Dizem que a exposição, não autorizada, impulsionou repulsa até de apoiadores de José. A oposição, à míngua de verbas, viu seu ‘pires’ se tornar um ‘prato cheio’ político contra o presidente estadual, a ponto de preparar representação junto à esfera federal da categoria.

O capítulo alto desta novela e o seu desfecho dependem da conversa que José Carlos, que estará em Cachoeiro hoje (1), – dia de seu aniversário – terá com Adílio na sede da OAB, às 14h. Acompanhemos.

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