As determinações da lei eleitoral nunca foram um dique para impedir a enxurrada dos movimentos eleitorais. E a ‘sutil’ diferenciação de nomenclatura de ‘candidatura’ e ‘pré-candidatura’, imposta pela legislação, não altera em nada o efeito final. Com isso, o período eleitoral visando o pleito de 2020, na prática, já teve início.
São muitos os partidos que já anunciaram o interesse em disputar a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, além da candidatura natural à reeleição do PSB, na pessoa do prefeito Victor Coelho – sem contar os que aguardam o momento certo, em avaliação interna, para se posicionar.
É verdade também que há siglas analisando seus quadros e até dispostos a novas filiações para uma possível indicação de vice para Victor. Esses partem da análise inicial de que, hoje, Coelho não teria um adversário a ponto de ameaçar um possível projeto de permanência na prefeitura.
Além disso, a reeleição é o mecanismo que permite a continuidade de projetos em elaboração e é a convicção do conhecimento do arcabouço financeiro-orçamentário da máquina – desde, é claro, que não haja elementos que desabone a administração em curso.
E esse ‘domínio’ dos assuntos administrativos é algo que um novo gestor leva tempo para absorver; sem contar que, pelo desconhecimento, acaba ocorrendo dificuldades em executar parte do plano de governo apresentado nas eleições. No entanto, vale a decisão do eleitor.
E tanto vale que novos nomes estão surgindo na crença de que o desejo popular por renovação política permanece; personagens mais antigos do cenário local já preferem apostar na vez da experiência.
Na opinião deste editorialista, a realização de pesquisa eleitoral será o ‘freio de arrumação’ nesta estrada que leva a outubro de 2020. Os números irão dimensionar cada um, estabelecendo os protagonistas e coadjuvantes. A partir daí, toda ‘aventura’ perecerá e o processo eleitoral se afunila. É aguardar.