A saída do presidente da República, Jair Bolsonaro, do PSL sem dúvida causará uma debandada por parte de seus seguidores políticos. Em Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, o presidente do PSL é um dos organizadores do Aliança pelo Brasil – novo partido a ser criado por Bolsonaro.
Até a criação da nova sigla, a desfiliação do presidente pode causar impacto na estruturação do PSL para as eleições municipais de 2020.
“O impacto é grande; mas, de longo prazo, pois precisamos saber se conseguiremos organizar o partido até às eleições de 2020”, avalia Wellington Callegari, que preside o diretório local do PSL.
O fato de o efeito ser a longo prazo, na avaliação de Callegari, deve-se ao posicionamento de base aliada que o partido mantém em relação ao governo federal, apesar da saída de Bolsonaro.
“Em nível nacional, o partido já se posicionou de que apoiará as pautas do presidente. No Espírito Santo e em Cachoeiro, o partido é inteiramente alinhado com o presidente”, afirma.
“Em Cachoeiro, eu próprio estou entre os organizadores do novo partido, o qual é um projeto de longo prazo da Direita Conservadora. Ao mesmo tempo, manterei-me à frente do PSL Cachoeiro, de forma a apoiar as candidaturas de nossos amigos para 2020. Por aqui, PSL e Aliança pelo Brasil andam juntos”.