As articulações para tentar brecar a reeleição do prefeito Victor Coelho (PSB) – que ainda não anunciou a intenção de disputar – ganharam caráter tático. Acreditando que o mínimo de quatro candidaturas já favoreça o atual mandatário, os demais pré-candidatos começaram a se reunir no intuito de construir uma frente única para o embate de outubro deste ano em Cachoeiro de Itapemirim.
Há poucos dias, a maioria dos nomes já ventilados para disputar a prefeitura, com exceção do Professor Breno e do ex-prefeito Carlos Casteglione (PT), reuniu-se para debater as eleições majoritárias.
De parte do grupo, há o entendimento de que Victor tenha, pelo menos, cerca de 30 mil votos garantidos. Dentro de um universo pouco superior a 100 mil votos válidos, acredita-se que três candidaturas seria o ideal para o desejado sucesso da oposição, considerando aí como certa a participação também de Casteglione.
O objetivo é manter a unidade e deixar que as pesquisas apontem o cabeça de chapa entre os vereadores Alexandre Bastos (PSD), Renata Fiório (PSB), a advogada Fayda Belo (PP), o vice-prefeito Jonas Nogueira (PSL), o ex-vereador Fabrício do Zumbi (PDT), sargento Paulo Sérgio (Patriota) e o empresário Bruno Ramos (PMN) – nomes esses que participaram do encontro ou foram representados.
Sem dúvida, o objetivo é um desafio árduo e por vários motivos. Há os interesses naturais dos partidos, as ‘amarrações’ verticalizadas e aqueles que mantém o diálogo aberto, inclusive com o palácio Bernardino Monteiro. Além disso, há o maior mal da política: a vaidade, que ignora, até mesmo, as medições científicas.
E tem mais: depois da hipotética escolha de um nome, provavelmente cairá no ‘colo’ deste uma série de acordos e compromissos que envolverão secretarias, cargos e ‘garantias’ de apoio para as eleições proporcionais de 2022. Ou seja, é preciso vencer a vaidade e também a incredibilidade para que os números postos na mesa se tornem aquilo que esperam das urnas.