Enquanto ouvi e guardei a opinião de que as redes sociais deram voz aos imbecis, conclui de imediato o contrário: eis um ‘empurrão’ para quebrar a estagnação e politizar as pessoas, preencher o cidadão de cidadania.
Mesmo com os desmedidos emocionais, racionais e aversão ao discernimento, a flexão abruta tem sucesso quanto à direção proposta. Uma hora, a ignorância se cansa e é vencida por seu próprio hospedeiro.
O espírito democrático adolescente brasileiro já passou da hora de sair da casa dos pais e assumir a maturidade. Urge a necessidade de um olhar crítico, original e autêntico sobre a realidade.
Só assim haverá a percepção da retórica travestida de libertação. Há décadas triunfa a ilusão de uma renovação política no país, a cada eleição. Mas, acontece somente pela nova composição organizacional no pós-urna.
No entanto, no ‘aquém-urna’ estão acorrentadas as mesmas inúteis ‘razões’: o voto concedido ao amigo, ao ‘benfeitor’ e ao ‘ódio’ atrelado à rotulação de uma ideologia – desavisado (a) sobre o conceito dela e pior: com base numa conclusão póstuma. Não existem ideologias em prática no Brasil.
É preciso quebrar as correntes, olhar para dentro do lar, para o vizinho e para todos os personagens do nosso sistema para identificar com clareza os reais anseios e necessidades.
A ideologia é exatamente aquilo que nos livra das atuais dificuldades. A renovação tem que ocorrer antes na mente do eleitor para que o resultado seja próximo dos ideais pontuados. O resto é tinta preta no cabelo branco.