“A discórdia nasce do ócio produzido pela paz – e o medo da guerra faz renascer a concórdia” – Maquiavel
Recomendação
A flexibilização do funcionamento das academias, shopping centers e templos religiosos só aconteceu em Cachoeiro de Itapemirim depois que o governador Renato Casagrande (PSB) alterou o decreto para todo o estado. Enquanto alguns associavam isso à obediência meramente partidária; na verdade, o prefeito Victor Coelho atendia recomendação do Ministério Público desde o mês de abril. A solicitação da promotoria é de seguir os decretos estaduais e também de revogar, à época, decreto municipal.
Cruz e espada
Embora haja entendimentos que garantem a autonomia dos municípios em decretos neste período de pandemia do novo coronavírus, a prefeitura de Cachoeiro está entre a cruz e a espada no atual contexto. Seguindo a recomendação do MP, continua alvo da fúria dos donos de bar e restaurantes (e similares) noturnos; caso flexibilize o decreto estadual, torna-se alvo de ação judicial da Promotoria local.
Pedido da Câmara
Abraçando a causa dos comerciantes, a vereadora Renata Fiório (PSD) solicitou que o prefeito faça reanálise do decreto municipal sobre o funcionamento dos micro e pequenos empresários do segmento de bares e restaurantes. E também pediu o retorno da Feira Livre da Agricultura Familiar. Detalhe: as restrições ilustram o decreto estadual.
Em Vargem Alta é diferente
Bares e restaurantes também estavam com suas atividades suspensas em Vargem Alta, como prevenção ao novo coronavírus. Mas, o prefeito João Altoé decidiu pela autonomia diante do decreto estadual. Essas atividades podem abrir as portas de 10h às 16h.
Presidente x prefeito
A cada dia que passa endurece ainda mais a postura do presidente da Câmara Municipal, Alexon Cipriano (Republicanos) contra o prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho (PSB). Na última, o alvo foi o governador Renato Casagrande (PSB), principal apoiador de Coelho. Alexon reclamou que os R$ 16,4 milhões repassados à prefeitura são para revitalizar vias já pavimentadas. “Não seria muito mais interessante e mais justo utilizar esse valor para asfaltar ruas que ainda não receberam nenhum tipo de pavimentação?”.
‘Sessão das 7’
Para quem não acompanhou a sessão ordinária da Câmara Municipal local ontem (7), pode o fazer clicando no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=DAFbtuGG1-s&feature=youtu.be
Clima de afastamento
Os momentos que antecederam a prestação de contas do prefeito Victor Coelho na última semana foram de tensão. Sobre as cadeiras vazias da Câmara, o clima era de ameaça de um possível pedido de afastamento do alcaide. Tudo isso, porque a Casa de Leis aguardava que Victor fizesse a prestação de forma presencial – inclusive, havia um monitor instalado para isso (foto). Foi quando a base aliada, maioria por lá, pediu e aprovou o direito do chefe do Executivo prestar contas do salão da antiga Campanha, também por vídeoconferência.
– Cortes
Embora Manato, antecipadamente, força a polarização com Casagrande; em Cachoeiro não há o mesmo empenho § Coronavírus continua sendo o principal adversário dos prefeitos em condições de reeleição § Há quem só quer carona na credibilidade § Uma possível união da oposição, pode juntar Ferraço, Magno Malta, Manato e Zé Tasso § Em 2012, projeto semelhante fracassou § Outros líderes ainda estão no radar do palácio Anchieta § Todos os prazos eleitorais previstos para o mês de julho serão prorrogados em 42 dias § proporcionalmente ao adiamento da votação § Entrevista com Victor Coelho repercute até hoje no mercado político e nos bairros da cidade § A que debate a autonomia dos municípios diante de decretos estaduais, também § Confira no site § Até a próxima.