Há menos de um mês do prazo final das convenções partidárias, o PSC de Cachoeiro de Itapemirim ainda não conseguiu a unidade interna. Pelo contrário, o clima é de hostilidade e de forças distintas esticando o partido para lados opostos, o que pode causar um drástico rompimento e a vazão da chapa proporcional.
O partido conseguiu construir a sua chapa de vereadores e acredita conseguir, pelo menos, uma vaga na Câmara Municipal. No entanto, uma ‘guerra’ interna tem deixado esses pré-candidatos com medo de serem atingidos por uma ‘bala perdida’.
E o que seria essa ‘bala perdida’? Simples, nenhum deles tem a garantia do apoio que receberão em suas campanhas. E todo o imbróglio surge da condução do processo majoritário e do compartilhamento de informações com toda a base.
A sigla mantinha quatro pré-candidatos a prefeito; dois desistiram: Parraro Scherrer e Chiquinho Enfermeiro. Ainda há o pastor Josué Batista e o empresário Joelmo Pontes, que, na verdade, avalia o cenário.
O que acontece é o seguinte: um grupo afirma que a pré-candidatura de Parraro, defendida pelo presidente da sigla Umberto Júnior, não foi pactuada com a base. Parraro desistiu e, segundo esse grupo, tanto o seu lançamento, quanto a desistência foi conhecida pelos pré-candidatos a vereador através da imprensa.
Outros movimentos aconteceram: o PSC nasce em parceria com o PP, abraçou a pré-candidatura do vice-prefeito Jonas Nogueira (PL) e pode estar à beira de uma nova decisão.
O presidente age pautado na prerrogativa de sua função; o outro grupo diverge e pleiteia participação na condução da sigla. Com as eleições batendo à porta, não há tempo para discutir quem está com a razão, a prioridade deveria ser, na visão deste editorialista, os anseios da base construída. Sem representação na Câmara, um partido é somente mais um na lista.
E enquanto não há entendimento no PSC, só uma coisa é certa: o clima interno aponta para uma cisão traumática na cúpula.