Por medidas de segurança, os pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia Cachoeiro com Covid-19 não podem receber visitas. Por isso, as únicas companhias são os funcionários dos hospital que procuram sempre uma alternativa para amenizar os momentos de solidão.
No dia a dia, os profissionais da higienização, técnicos de enfermagem e laboratório tem uma importância fundamental para garantir segurança e assistência ao paciente.
De tão presentes, muitas vezes se tornam amigos de quem está internado. A auxiliar de Serviços Gerais Rosângela Solardane, por exemplo, atua na higienização da UTI e sempre encontra uma palavra de conforto para quem está precisando de cuidados. “A gente trata aquele paciente como se fosse um irmão nosso que estivesse ali”, disse.
O técnico em Radiologia Mateus Belato contou que antes da Covid era possível interagir mais com o paciente, mas com a chegada da doença a rotina foi alterada na hora de colher o sangue.
“A gente chegava, conversava e agora como a gente precisa usar todos os equipamentos de segurança muitas vezes eles nem reconhecem a gente. Nossa rotina mudou bastante”.
A Margarete é técnica de Enfermagem e está há 16 anos na Santa Casa. Sua maior alegria é ver um paciente indo para casa, após ter recebido seus cuidados.
“Para nós é uma alegria muito grande quando a gente está ali cuidando do paciente, ele consegue se recuperar aos poucos e depois recebe alta. É uma vitória”.
Os três profissionais estão na linha de frente contra a covid-19. Cada um na sua função eles têm em comum o cuidado com o paciente e a necessidade de ficar longe da família por questão de segurança.
Mas para aproximá-los, o Grupo de Humanização da Santa Casa fez uma homenagem para que, mesmo por vídeo, pudessem matar um pouco da saudade dos familiares. A iniciativa, feita em parceria com o setor de Comunicação, faz parte da série de reportagem Heróis da Vida Real.
“Fiquei muito feliz e emocionada em representar o setor da higienização da Santa Casa”, disse Rosângela.
Após a homenagem, a Margarete contou que a Santa Casa faz parte da vida da sua família e que sua filha formou e hoje atua também no Pronto Socorro.
“Nos procuramos trabalhar com afinco, amor e dedicação. Sempre falo que a Santa Casa abraça a causa e está sempre batalhando pela vida”.
Apesar da dificuldade, o Mateus não perde a esperança. “Nós somos uma equipe. No começo ficamos um pouco apavorados, mas a gente se uniu e vamos vencer essa doença”.