Perto de completar um ano da confirmação do 1º caso do novo coronavírus no Brasil, pode-se dizer que o Espírito Santo se destaca no combate à doença, principalmente quando o assunto é a estruturação na área da saúde para salvar vidas.
O governo do Estado acresceu 80 leitos somente para casos de Covid-19 no sul do estado. Em Cachoeiro de Itapemirim, onde adormecia um ‘Elefante Branco’, há um hospital especializado no tratamento da doença, com 90 leitos, sendo 30 de UTI e 60, de enfermaria.
O monitoramento da doença tem caráter extremamente técnico, considerando o coeficiente da incidência da doença, taxa de ocupação de leitos de UTI, taxa de letalidade, índice de isolamento social e a porcentagem da população acima dos 60 anos.
Essas e outras medidas foram adotadas pelo próprio estado diante da pandemia mundial, que abalou finanças e vidas. E essa reação solitária ocorreu também em outros estados brasileiros. Cada um agiu de sua forma – e nem todos tiveram sucesso em suas decisões.
É daí que vem a crítica do governador Renato Casagrande (PSB) – ressentimento mantido ainda hoje – à falta de uma coordenação nacional para que governadores e prefeitos pudessem seguir um caminho único no enfrentamento à Covid-19. Ou seja, o país não se juntou nesta batalha, ficou cada estado à sua própria sorte.
Neste ano, ainda sob os efeitos fatais do vírus, o Espírito Santo recebeu em seus leitos pacientes de Manaus (AM) e de Rondônia, além de salvar a vida dos capixabas. “Não adianta apenas ter boa vontade; estamos ajudando porque temos um Estado organizado”, disse Casagrande durante evento em Cachoeiro de Itapemirim nesta terça-feira (9).