Associação de diretores defende aulas presenciais

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Em reunião da Comissão de Educação nesta segunda-feira (15), a Associação dos Diretores e Ex-diretores das Escolas da Rede Pública Estadual do Espírito Santo (Adires) defendeu a manutenção das aulas presenciais durante a pandemia com a adoção de cuidados que protejam profissionais e alunos.

“Várias pesquisas apontam que as escolas não são o principal vetor de transmissão do vírus”, argumentou o diretor de relações institucionais da entidade, Carlos Frederico Jordão Ghidini. Segundo ele, é preciso garantir a sinergia entre alunos e professores da maneira mais segura possível.

Carlos Frederico reconheceu os esforços da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) diante de todas as dificuldades ao permitir que a educação continue fluindo e, para isso, citou os cuidados adotados na Escola Estadual Saturnino Rangel Mauro, em Cariacica, onde atua como diretor.

“Nossas escolas têm uma estrutura e um preparo, um protocolo em relação aos cuidados com a pandemia impecável”, frisou. Para ele, a pandemia acabou contribuindo para valorizar o professor ao ponderar a importância desse profissional na vida do aluno, pois muitos pais perceberam o quão difícil é a tarefa de ensinar.

O coordenador-geral da Adires, Diassis de Cássia Ximenes, afirmou que a entidade é favorável à vacinação dos profissionais da área. “A Adires simplesmente abomina quem pensa o contrário, uma educação de qualidade tem que ter educação de qualidade”, salientou.

Bônus desempenho

Carlos e Diassis defenderam que o bônus desempenho dos professores não seja descontado neste período da pandemia para quem se afastou das atividades devido à Covid-19. Esse benefício consiste no pagamento de até um salário extra por ano e leva em consideração, entre outros critérios, a assiduidade.

“Não podemos penalizar mais ainda um profissional que já passou por uma doença tão difícil, às vezes perdeu um familiar, e que no ano posterior tenha um prejuízo financeiro porque ele teve Covid”, explicou Carlos Frederico. Para Diassis, “não seria justo um professor trabalhar doente, negar a informação que está doente porque ele pode perder o bônus”.

Depois de receber a aprovação dos deputados Sergio Majeski (PSB) e Coronel Alexandre Quintino (PSL), o presidente do colegiado, Bruno Lamas (PSB), adiantou que enviará o requerimento à Sedu.

Independência

Sergio Majeski questionou a atuação do órgão na defesa de interesses da comunidade escolar e dos professores ao lembrar que a função de diretor é um cargo de confiança do governo. Ele perguntou sobre o posicionamento da Adires em relação às escolas em tempo integral, muitas vezes, conforme afirmou, feitas sem diálogo entre governo e sociedade.

“Uma gestão bem realizada dentro da escola garante à comunidade escolar frutos muito positivos para o futuro”, avaliou Carlos Frederico. Ele usou como exemplo o processo de implantação do ensino integral na unidade em que é diretor em Cariacica. Lá, segundo revelou, tudo foi feito envolvendo o diálogo com professores e comunidade escolar.

O coordenador-geral Diassis Ximenes citou casos de unidades que “renasceram” ao adotarem o ensino integral. “A gente só lamenta, que de fato, tinha que ter mais tempo de se conversar, de chegar a alguma coisa mais comum. Todos os casos foram casos de sucesso”, ponderou.

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