Volta às aulas: o que diz a ciência sobre contágio de crianças pela Covid-19

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“As crianças não transmitem de forma significativa o novo coronavírus, além de ser possível diminuir drasticamente a possibilidade de contágio no meio escolar, desde que tomados os cuidados necessários”. Esta é a conclusão de uma revisão bibliográfica de estudos publicados em diferentes países como França, Suíça, China e Austrália a respeito da volta às aulas.

O referido estudo traz como título ‘COVID-19 Transmission and Children: The Child Is Not to Blame’ (Transmissão da COVID-19 e Crianças: A Criança Não Tem Culpa), de autoria dos pesquisadores Benjamin Lee e William V. Raszka.

Entre outros resultados, o que impressionou no estudo foi o ocorrido na França. Um menino com Covid-19 expôs ao vírus 80 colegas de três escolas diferentes, mas nenhum contraiu a doença nas semanas seguintes.

Outro estudo, desta vez de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade da Califórnia (UCLA) e da London School of Hygiene and Tropical Medicine (LSHTM), indica que crianças e adolescentes mais frequentemente são infectadas por adultos do que atuam como transmissores.

Uma prévia do artigo ‘A dinâmica da infecção de Sars-CoV-2 em crianças e contatos domiciliares em uma comunidade pobre do Rio de Janeiro’, a ser publicado na Pediatrics, Official Journal of the American Academy of Pediatrics, explica que o estudo envolveu 667 participantes em 259 domicílios, no período de maio a setembro de 2020. Destes, 323 eram crianças (de 0 a 13 anos), 54 adolescentes (14 a 19 anos) e 290 adultos.

Os testes de 45 crianças (13,9%) deram positivo para o vírus. O estudo mostra ainda que a infecção foi mais frequente em crianças com menos de 1 ano e na faixa de 11 a 13 anos. Todas haviam tido contato com um adulto ou adolescente com sinais recentes de Covid-19. Se for comparado com dados do Rio, o estudo mostra que um terço dos contatos domiciliares pesquisados tinham sido expostos ao vírus por volta de agosto de 2020, uma taxa maior do que o registrado na população geral da cidade no mesmo período: 33% contra 7,5%.

Para os pesquisadores, “as crianças incluídas no estudo não parecem ser a fonte da infecção de Sars-CoV-2 e mais frequentemente adquiriram o vírus de adultos”. “Nossas descobertas sugerem que em cenários como o estudado, escolas e creches poderiam potencialmente reabrir se medidas de segurança contra a Covid-19 fossem tomadas e os profissionais adequadamente imunizados”, diz o texto. O estudo foi coordenado por Patrícia Brasil, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

 

Com informações da Agência Fiocruz de Notícias

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