O vereador de Cachoeiro de Itapemirim, Juninho Corrêa (PL), também conhecido como Juninho da Cofril, chamou um colega de plenário de “moleque” por ele não se posicionar se é oposição ou da base de apoio ao prefeito Victor Coelho (PSB). Ele, que se declara “oposição independente”, fez a brusca cobrança durante a sessão ordinária desta terça-feira (25).
Juninho também acusou o vereador de ser “leva e trás”, ou seja, que leva informações para o Executivo – o que indica ser o alvo, não revelado por ele, seu correligionário. A reportagem fez contato com o edil do PL, porém ele não respondeu quem era o vereador agredido.
Além de Juninho, que é líder do partido na Câmara, a sigla tem mais dois vereadores: Marcelinho Fávero e Léo Camargo, sendo este último o que está mais alinhado com o governo.
“Vereador não pode dizer que é oposição e ficar conversando com o governo, pedindo coisinha aqui e ali e ficar fazendo inferninho depois. Não dá pra dizer que é situação e ficar fazendo inferninho do governo pelas costas. Os vereadores têm que tomar uma posição coerente”, disse Juninho, do plenário.
“Eu aqui, enquanto liderança do PL, uso esse tempo para poder falar: seja homem, seja um vereador que respeita esta Casa e assuma a sua posição, vereador. Ou é base ou é oposição, não importa. Mas, assuma e não seja um moleque que faça leva e trás”.
Decoro
De acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal, um (a) vereador (a) pode perder o mandato se “exibir comportamento agressivo e desrespeitoso durante as sessões, tornando insustentável a sua convivência com os demais membros da Câmara” e também se “usar, habitualmente, de linguagem imprópria e ofensiva à honra dos demais membros da
Câmara”, conforme os incisos lll e V, respectivamente, do artigo 169.