Além de recuar, Bolsonaro decide ‘jogar o jogo’ perto dos 45’ do 2º tempo

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin
Share on email

Ao avaliar Jair Bolsonaro na presidência da República, é um erro grotesco desconsiderar o seu ‘perfil legislativo’ forjado ao longo de 30 anos.

No geral, é deixar um ambiente de caráter próximo ao ‘individualismo’ e de mudanças de posicionamentos regidos por interesses próprios ou partidários – sem lesões isentas de regeneração – para outro que só funciona coletivamente, até com grupos de DNAs distintos, e que exige discursos e ações cirúrgicas, sob o risco do mais cruel fracasso e extrema punição política e popular.

Pela história política brasileira, em todas as esferas, não é difícil suspeitar que o crime de estelionato eleitoral ‘passa batido’ pela vista grossa de quem deveria identificar. E isso permanece. Basta rever o discurso de campanha de Bolsonaro e os seus posicionamentos políticos de agora – principalmente neste 2021, que delimita o terceiro ano de mandato: crucial para quaisquer mandatários que almejam a reeleição.

O então candidato Bolsonaro – como milhares já fizeram, fazem e farão (certeza da impunidade) – entre outras propostas, afirmou que não construiria seu ministério com ‘tijolos’ políticos, manipulados a partir de conchavos para erguer a governabilidade. Essa, segundo ele, teria via o apoio popular.

Para um ‘marinheiro de primeira viagem’, seria perceptível a exposição ingênua de um sonho utópico diante de um sistema triturador, que não mostra suas afiadas hélices para quem nunca assumiu um mandato eletivo. Resumindo: ao longo de 30 anos, Bolsonaro, na Câmara dos Deputados, foi mais uma mão na ‘faca’ no peito de vários presidentes – junto com o ‘centrão’ – para ter os interesses atendidos em troca da governabilidade. Inclusive, já foi base do governo do PT.

É fato: ele sabia que a promessa era irrealizável para um presidente; da mesma forma como tinha a certeza que era propícia para se eleger – ainda mais com o atenuante de seu concorrente estar nocauteado pela corrupção.

O mais incrível – e por que não corajoso – é que Bolsonaro incorporou o personagem indestrutível; ao ponto de também definir como adversários/inimigos países de extrema representatividade no PIB brasileiro, os autores das recomendações mundiais de saúde no combate à Covid-19, os governadores, o STF e mais um ‘punhado’.

Não duvidem: o presidente sentiu o ‘vento da hélice do sistema’. Esqueceu (ou perdeu o ‘time’) que a ‘imunidade camikaze’ só ‘privilegia’ parlamentares e candidatos.

Ele pode não crer em determinados institutos; mas não descrê nas pesquisas de consumo interno. Ele não só sabia que prometeu o impossível na campanha, como acomodou o ‘centrão’ no governo.

Ele não só sabia que inflamava seus seguidores contra a democracia e contra o STF, como chamou o ex-presidente Michel Temer para salvá-lo. E sabem por quê?: o ministro Alexandre de Moraes está no supremo por indicação de Temer em 2017. Enfim, Bolsonaro não só recuou; ele abandonou o ‘personagem’ – criado por ele nas eleições de 2018 – que agora o levaria ao suicídio eleitoral.

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin
Share on email

Leia a revista Fomento

Leia a revista Fomento

Notícias Recentes

Calendário de pagamento do IPVA 2025 é definido

O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), divulgou as datas