Com sete mandatos no parlamento em Brasília e extremo prestígio junto ao presidente Michel Temer (PMDB), a senadora peemedebista Rose de Freitas tem pela frente um cenário positivo para colocar novamente seu nome à avaliação dos capixabas no próximo pleito majoritário 24 anos depois.
No que diz respeito à garantia de mandato, a metade deste de senadora lhe assegura mais quatro anos, caso ocorra insucesso em eventual disputa para o governo estadual em 2018.
O governador Paulo Hartung, de seu partido e adversário interno, tem declarado abertamente que objetiva o Senado ou a Câmara dos Deputados, chegando a sinalizar, até mesmo, distância das próximas eleições. Além disso, trouxe à tona a possibilidade de deixar o PMDB, que não pensa, é óbvio, em perder o poder no estado.
Hartung ainda tenta consolidar positivamente este atual mandato.
Nas eleições municipais de 2016, as pesquisas mostraram a baixa influência do governador junto ao eleitorado; o que o ‘trancou’ no palácio Anchieta durante as campanhas eleitorais no estado. Depois disso, o episódio da greve da PM foi um duro golpe naquele que ainda não emplacara a sua marca frente à administração, como era de se esperar apoiado nos outros mandatos.
Rose aproveita a fragilidade hartunguiana, que dependerá de ‘milagre político’ para se reverter, contando que há apenas este ano para isso. Em ano eleitoral, nem pintando as cidades de ouro surte efeito. Ela já circula os municípios, inclusive aqueles que não tinha o hábito, como Cachoeiro de Itapemirim – pólo da região sul -, entregando verbas a hospitais (em crise e sem reajuste no contrato com o Estado) e amarrando apoio. Rose esteve na segunda com os ex-prefeitos José Tasso e Roberto Valadão, que detém o respeito ante as decisões do partido.
Em conversa com este blogueiro, a senadora criticou a ausência do governo do Estado no apoio à compra de equipamentos e demais investimentos para os hospitais. “Com isso, temos que recorrer a Brasília”. Respondeu que se for para dar a atenção que a área de saúde merece, por exemplo, pensa, sim, em concorrer para governadora; mas, que é algo a se pensar.