O vereador Juninho Corrêa (PL) acusou que o projeto de resolução sobre o passaporte sanitário na Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim “não tem cunho de defesa da saúde”, mas sim uma retaliação contra ele, que decidiu por não se vacinar contra a Covid-19.
A matéria apresentada pela Mesa Diretora exige a apresentação do comprovante da vacinação para entrar nas dependências do legislativo municipal. A medida abrange os servidores da Casa de Leis e os vereadores.
“O fato de eu não tomar vacina é um símbolo de resistência a essa tentativa ditatorial de impor vacina em caráter emergencial para as pessoas”, disse.
Segundo Juninho, ele sempre foi contra à obrigatoriedade da vacina em caráter emergencial; não se opondo à vacinação. “Sou contra quando tentam dizer que pessoas que não se vacinaram são sub humanas. Sou pior do que qualquer um dos senhores?”, indagou.
“(O projeto) não tem cunho de defesa da saúde. Ele foi apresentado depois de um momento de tensão aqui na Câmara. Naquele momento, o vereador que estava sendo bombardeado preferiu ficar calado”.
Mortes
O vereador Diogo Lube (PP), autor do projeto, ressaltou que a matéria tem o objetivo de preservar a vida das pessoas que trabalham na Câmara Municipal.
O progressista lembrou que houve duas mortes por Covid-19 no recinto, sendo de uma assessora parlamentar e do vereador Silvinho Coelho. Atualmente, outro assessor está internado na UTI, também acometido pelo vírus.
Sobre a acusação de Corrêa a respeito da suposta retaliação, Diogo respondeu que não viu nexo na justificativa.