Não há dúvida de que é uma boa estratégia a associação do nome de Manato ao do presidente Jair Bolsonaro, ambos do PL. Porém, não se pode esquecer jamais que ‘água demais mata a planta’.
Ainda assim, a campanha de Manato insiste em, visualmente, colocá-lo como uma espécie de candidato a vice de Bolsonaro; jogando para debaixo do tapete o empresário Bruno Lourenço (PTB), que é o vice na chapa do candidato do PL.
Voltando à não adequação da tática adotada pela equipe de Manato não é difícil perceber as ‘falhas’. Como sempre alegou, um segundo turno era tido como certo; o objetivo a se alcançar no 1º turno era a vitória – fracassou.
Observa-se que Bolsonaro venceu em 56 cidades do Espírito Santo (52,23% dos votos); enquanto Manato ganhou apenas em 13. Seu adversário, o governador Renato Casagrande (PSB), teve a maioria dos sufrágios em 64 municípios.
As urnas ‘gritam’ o foco na segurança administrativa e em propostas palpáveis e com condições reais de realização. Disputar contra quem é mandatário carece de estudo dobrado ou triplicado por seu conhecimento absoluto da máquina e seus números.
O fato de Manato ter ficado há 43 cidades distante de Bolsonaro no próprio Espírito Santo, no que diz respeito à vitória nas urnas, evidencia que o eleitor não faz ‘transferência de votos gratuita’. Exemplo disso, é a atual composição dos executivos estadual e federal, com Casagrande e Jair, respectivamente.
O capixaba avalia histórico, legado e competência daquele que se propõe a ser gestor público. Essa insistência de “Bolsonaro lá e Manato aqui” diz muito pouco ou quase nada.