As consequências do silêncio antidemocrático de Bolsonaro

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Além de sua contestada condução da pandemia da Covid-19, o que mais pesou contra o governo de Jair Bolsonaro (PL) – o levando a derrota nas urnas no dia 30 de outubro – foram suas investidas contra a democracia. E, pelo visto, é assim que ele pretende encerrar o seu mandato como presidente do Brasil.

Ao contrário de seu vice Hamilton Mourão, que enviou mensagem ao vice da chapa vencedora Geraldo Alckmin (PSB), e também do seu governador eleito em São Paulo, Tarcísio de Freitas, que recebeu ligação de Fernando Haddad (PT), Bolsonaro está há mais de 24 horas sem se manifestar após a apuração das urnas no domingo.

Falando em Tarcísio, vale ressaltar que ele fez contato com o vice-presidente eleito Alckmin e Haddad para ter um encontro com o presidente eleito Lula (PT). “A ideia é ter uma relação republicana”, declarou. No Espírito Santo, Manato, correligionário de Bolsonaro e que também perdeu a eleição, desejou “boa sorte” ao governador reeleito Renato Casagrande (PSB).

Percebe-se que por todo o país a democracia reina entre a classe política. Tanto que apoios recebidos por Lula, no segundo turno, da ex-candidata Simone Tebet (MDB), do ex-presidente Fernando Henrique (PSDB), de economistas, ex-ministros do STF, entre outros, deram-se pelo único fato do petista ‘jogar no campo democrático’ em detrimento de seu concorrente.

O silêncio de Bolsonaro é antidemocrático e irresponsável por provocar na parcela ‘poco amistosa’ de seu eleitorado cogitações e reações inconstitucionais. Ao saber de manifestantes fechando rodovias por não aceitar a sua derrota, Bolsonaro incita o movimento, através do silêncio, semelhante ao que Trump fez no episódio da invasão do Capitólio.

Enquanto Jair se silencia, há aqueles que, orquestradamente ou não, jogam hipóteses relacionadas a um possível cancelamento do resultado das eleições ou a intervenção militar no país, copiando o golpe de 1964. Ou seja, o silêncio é estratégico contra a mesma democracia que garantiu ao próprio Bolsonaro oito mandatos eleitivos e a permissão para trocar seis vezes de partido político.

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