O Espírito Santo fechou o mês de agosto com o menor número de homicídios registrados, no período de oito meses, desde 1996, quando foi iniciada a série histórica. Com 60 mortes registradas em 31 dias, o Estado soma 633 assassinatos de janeiro a agosto, contra 661 em 2022, no mesmo intervalo de tempo. São 28 crimes a menos e 4,2% de redução.
No início deste ano, o Estado chegou a apresentar alta de 15% nos assassinatos. Apesar do começo difícil e violento, as ações da Segurança Pública, como operações, prisões qualificadas e combate às organizações criminosas, foram demonstrando seus resultados e a redução das mortes violentas foi gradativa, nos últimos cinco meses, sendo 83 casos em abril, 78 em maio, 71 em junho, 63 em julho e 60 em agosto.
Outro ponto a se destacar é que agosto de 2023 foi o melhor da série histórica de 27 anos. Em 2019 e 2020 este mês havia registrado 73 assassinatos. A região que contribui mais para a queda dos assassinatos é a Metropolitana, com 55 homicídios a menos que o ano passado e expressivos 15,5% de redução.
Cariacica e Vila Velha apresentam três meses consecutivos com números na casa de um dígito nos homicídios, durante um mês. Para locais que, há poucos anos, chegavam a registrar 20 a 30 mortes, essa é uma demonstração clara da evolução no quesito, apesar de Vila Velha ainda liderar o ranking de assassinatos do Espírito Santo, com 84 casos. Ano passado, no mesmo período, 109 pessoas já haviam sido mortas na cidade Canela Verde e a redução é de 23% até o momento.
Vitória, a Capital, apresenta empate de um caso, com 51 homicídios, mesmo número do ano passado. Viana já não registra mortes violentas há mais de dois meses. No Norte e Sul, também há redução, sendo 3,6% e 1,7%, respectivamente. O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, destacou as ações que vêm sendo desenvolvidas para a melhoria nos resultados e preservação de vidas, dentro do Programa Estado Presente em Defesa da Vida.
“Estamos buscando intensificar operações, fazer um trabalho integrado, de inteligência, em todo o Espírito Santo, com foco nessas organizações criminosas, que são o motivo maior dessas mortes. Cabe destacar que começamos o ano com números ruins, mas com todos os esforços, sempre agradecendo ao Ministério Público e Poder Judiciário pelo apoio, os mandados foram sendo expedidos, cumpridos e homicidas contumazes, além de líderes de facções, sendo colocados atrás das grades”, afirmou coronel Alexandre Ramalho.
O coordenador do Programa Estado Presente em Defesa da Vida e secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, ressaltou que a melhora dos números reflete diretamente o trabalho efetivo e coordenado das forças policiais capixabas.
“A segurança pública é um desafio constante, que precisa de atenção, gestão, investimentos, ações e monitoramento de resultados rotineiramente. Mas é importante destacarmos que, diante desses desafios impostos dia a dia, as nossas instituições policiais têm demonstrado poder de resposta. Então, quando os números se mostram mais preocupantes, ações de inteligência, repressão e ostensividade, somadas aos robustos investimentos em proteção policial e social – pilares do Programa Estado Presente -, resultam na diminuição dos homicídios, na preservação da vida e na retomada do processo de redução da criminalidade no cenário capixaba”.