Por Gabriela Fonseca
@Psigabriela_fonseca
Atualmente, é difícil acompanhar todas as mudanças e notícias que surgem a todo instante. Vivemos uma espécie de “obesidade mental”, resultado do excesso de informações que consumimos sem sequer processar direito. Não é à toa que chegamos ao fim do dia com uma sensação de esgotamento extremo.
Somos bombardeados o tempo todo por conteúdos urgentes, superficiais e em grandes quantidades. Isso dificulta distinguir o que é verdadeiro do que é falso, o que é prioritário do que é descartável. Existe uma pressão constante para “estar por dentro” de tudo que acontece no mundo — e isso tem consequências.
O resultado? Mentes mais dispersas, criatividades abafadas, níveis de ansiedade mais altos e uma presença cada vez menor no agora. O consumo desenfreado de conteúdo rápido — o chamado “fast food mental” — nos dá a falsa impressão de que sabemos muito, quando na verdade só tocamos a superfície dos assuntos.
A vida, no entanto, exige mais profundidade. Um vídeo de 30 segundos não é suficiente para compreender temas complexos. Estamos nos acostumando com o raso e nos mantendo em alerta constante. Isso sobrecarrega o cérebro e pode tornar tarefas simples, como assistir a um filme inteiro ou ler um texto mais longo, quase impossíveis.
Além disso, as redes sociais muitas vezes afetam negativamente a autoestima. Nos vemos em comparações constantes, desejando corpos e estilos de vida que, em muitos casos, são irreais e inatingíveis.
O que podemos fazer diante disso?
Filtre o conteúdo que você consome. Nem tudo precisa ou deve ser absorvido.
Considere a terapia. Ela pode ajudar tanto na autoestima quanto na organização mental.
Reavalie o uso do seu tempo. Como você está ocupando seus dias?
Desenvolva um olhar crítico. Não acredite em tudo que aparece nas redes — questionar é essencial.
Estabeleça limites digitais. Crie momentos no dia para se desconectar de verdade.
Consuma com intenção. Escolha conteúdos que realmente agreguem algo. Experimente leituras mais densas e desafiadoras.
Seu cérebro não é uma máquina — ele precisa de pausas, foco e profundidade. Escolha respirar, desacelerar e cuidar da sua mente e do seu bem estar.