Dom de conquistar

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buiu 12

Conheci Buiú na campanha eleitoral de 2004. Ele era candidato a vereador em Cachoeiro de Itapemirim e eu trabalhava na equipe de televisão do candidato a prefeito da mesma chapa, Roberto Valadão (PMDB). Sempre sorridente e com o dom de transferir a sua alegria através da voz rouca.

Neste mesmo ano, lembro de uma caminhada feita no bairro São Luiz Gonzaga, seu reduto eleitoral. Era impressionante o carinho que os moradores tinham por ele. Praticamente, não havia pedido de voto, o que tinha era uma espécie de renovação das forças através das mensagens perseverantes de cada integrante da comunidade.

É muito provável que o sonho que ele tinha de ser vereador surgiu da boca dos moradores do ‘Gonzaga’, cuja voz nasceu da gratidão pela dedicação humanitária de Buiú. Com a infância limitada pelo cabo da enxada e marcado desde cedo por valores nobres, ele tinha o dom de lutar pela dignidade alheia.

Voltamos a nos ver cerca de três anos depois. Junto com Marilene Depes, Marta Profeta e Gilson Moura (desculpe se ficou alguém de fora), ele ajudou a garantir o sucesso do projeto Cooperar – uma cooperativa que fez prosperar a renda de mulheres que produziam salgados, roupas e outros produtos nos bairros de Cachoeiro. Ele tinha o dom de proporcionar ao seu próximo a emancipação através do trabalho; tanto que, neste ano, tentava ressuscitar este projeto.

Sua militância pelos menos favorecidos financeiramente, que existia muito antes de eu conhece-lo (obviamente), nunca terminou. O fato de ingressar na política foi enxergar, com sabedoria, a finalidade desta ciência: é através dela que é possível ajudar um número maior de pessoas.

Após 12 anos de tentativa, sempre bem votado – diga-se de passagem – Sebastião Gomes conseguiu nas urnas não apenas se eleger vereador, mas realizar um grande sonho. Não há dúvidas que ele tinha o dom de perseverar; afinal, quantas pessoas não acham mais simples desistir depois do primeiro ‘fracasso’?

E assim que ganhou as eleições aconteceu algo que era típico de Buiú: ele não desacelerou, ou seja, aquele ritmo frenético de campanha eleitoral (corrido pelo pouco tempo que um candidato tem para percorrer os bairros apresentando propostas) se manteve no exercício do mandato.

Assessores dele contam que, por vezes, ele ficava sem almoçar por conta da árdua agenda que ele mesmo criava para atender anseios de todas as partes de Cachoeiro, seja na sede ou no interior. Tarefa que nem sempre tem o retorno tão nobre, uma vez que boa parte das soluções não depende do vereador – e essa compreensão não é coletiva.

Nestes 10 meses de mandato, cuja intensidade de trabalho pode facilmente ser diluída em quatro anos, Buiú mostrou para quem quiser ver algo que considero fundamental: como devemos agir após conquistar um sonho. Percebo agora que ele também tem o dom para fazer parte do seleto time daquelas pessoas que servem de bom exemplo para toda a humanidade.

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