Candidatura: “se alguém acreditar em mim, estou à disposição”

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin
Share on email
paulinho

Ex-assessor do deputado Glauber Coelho (PSB), morto há três anos, Paulinho Miranda é o atual secretário de Serviços Urbanos (Semsur) de Cachoeiro de Itapemirim. Uma avaliação positiva do trabalho realizado na Semsur é possível ouvir de qualquer pessoa, indiscriminadamente, até o momento. De repente, e também por isso, seu nome é ventilado como possível candidato nas eleições do próximo ano.

Nesta entrevista exclusiva ao portal de notícias Em Off, Paulinho abre o jogo sobre como encontrou a secretaria ao assumir, das superações, ações e, claro, sobre sua real pretensão quando o assunto é a eleição de 2018 – assunto que muitos querem ouvir dele. Este é o momento.

 

– Quais as principais dificuldades que o senhor encontrou na Secretaria de Serviços Urbanos e o que fez para reverter em pouco tempo, considerando que é uma das pastas mais atuantes do governo?

O prefeito Victor Coelho sempre nos orientou a não olhar para trás, só em linha reta. Mas, a verdade é que encontramos a secretaria com muita dificuldade: maquinário destruído, contratos amarrados. O principal contrato, de coleta e destinação do lixo, no dia 8 de janeiro vencia. Tivemos que fazer um emergencial. O da iluminação pública, também – parece até que foi para nos complicar.

– Mas, a transição não pegou essas informações?

Não participei da transição. Por fim, o desafio foi bom, pois deu tudo certo.

– O que foi feito para recolocar a secretaria nos ‘trilhos’?

Com um caminhão, uma máquina e o resto quebrado, tivemos que mudar o esquema de ação. Fizemos a escala 12h por 36h. Para isso, tive que reunir os servidores e dialogar; eles aceitaram e deu certo. Nesta estratégia, tenho homens todos os dias nas ruas fazendo a limpeza, recolhendo resíduos de obra, móveis, fogão – o que chamamos de inerte. O dia que a gente mais trabalha são nos fins de semana e feriados. Como somos a única secretaria que não para aproveitamos caminhões e máquinas das pastas de Agricultura, Interior e Obras para trabalhar.

– Quais os critérios para elaborar o cronograma de trabalho para atender aos bairros e distritos?

Não existia cronograma, estava tudo muito ruim. Tínhamos que começar por algum lugar e optamos pelos bairros mais carentes, como Village da Luz, Rubem Braga, Bom Pastor, Gilson Carone… Logo veio a chuva também.

– O senhor falou sobre o despejo irregular de resíduos de obras nas ruas pela população. Existe alguma ação para conscientizar as pessoas a não o fazerem e orientar sobre a forma correta?

Estamos nos preparando para isso junto às escolas. Neste mês ainda, iremos nos colégios, junto com o Limpinho (mascote da Semsur), para introduzir esta consciência desde as crianças por meio da educação. E, nos locais, sempre orientamos aos moradores.

– Como que as pessoas devem proceder no despejo de entulho?

O certo é através da iniciativa privada. Já as pessoas que não têm condições para pagar por este serviço podem acionar a secretaria através do telefone 156, e atendemos dentro do possível.

– Tudo indica que Cachoeiro entra agora no período de chuvas. O descarte errado de lixo e entulho agrava as consequências. Hoje, a secretaria está preparada para atender esta demanda?

Preparada. Na chuva de ontem (31/10), o pessoal já estava dispensado, e por volta das 17h já estava todo mundo no local mais crítico, que foi na rua Etelvina Vivácqua, no bairro Nova Brasília. E trabalhamos lá até às 2h40. Hoje (01), o prefeito reuniu representantes de secretarias e a Defesa Civil, tomou à frente e traçou plano de ação para este momento de chuvas.

– Nestes quase 11 meses de trabalho, quais são as ações da secretaria que você destaca?

O destaque é dar a resposta rápida à população superando todas as dificuldades. E isso nós fazemos com estratégia e buscando a cada dia fazer o melhor. Conto com a ajuda de cada funcionário da Semsur. Às vezes me perguntam: “Como você consegue?”. É tratando as pessoas com carinho, com cuidado, zelo. Por isso, a expectativa é muito boa. Sempre digo que aqui é uma pasta que ninguém vê, mas se deixar de limpar todo mundo vê.

– Há pouco tempo vocês iniciaram um projeto voltado aos funcionários…

Exatamente. Na verdade, identificamos servidores com problemas vinculados a vícios diversos; houve casos de funcionário faltar 29 dias dentro de um mês. Seria muito fácil cortar o ponto. Mas, trouxemos para cá, com a orientação do prefeito, uma psicóloga, assistente social e conselheiros com experiência para cuidar dessas pessoas dentro do Centro de Manutenção Urbana (CMU). Este trabalho piloto começou aqui e se estendeu para as outras secretarias.

– E tem dado resultado?

Sim. Hoje, temos uma faixa de seis funcionários em plena recuperação.

– Quando o senhor iniciou na secretaria os servidores estavam motivados? Afinal, houve até mudança na escala de trabalho.

Procuramos motivar essa turma, trazendo para perto da gente, deixando a porta da secretaria aberta, eles entram a qualquer momento para conversar comigo. Dou bom dia, boa tarde a cada um, um abraço. Vejo ser uma maneira de incentivar, tocar as pessoas. Aqui, a gente sempre lembra da data de aniversário de cada um, comemora.

– Há um dia do Finados, houve trabalho de limpeza nos cemitérios?

Há 90 dias, já estávamos pensando neste dia. Iniciamos a limpeza dos cemitérios dos bairros Coronel Borges, Aeroporto, Santa Tereza. Em alguns desses, o local estava muito sujo, com mato alto. Fizemos mutirões e, hoje, todos os cemitérios estão limpos e pintados – todos dignos para as famílias realizarem suas visitas aos entes queridos.

– Talvez, pela boa avaliação do seu trabalho, o mercado político entende que o senhor possa ser candidato nas eleições de 2018. Isso passa pela sua cabeça?

Eu nunca falei, certo? Mas, também nunca disse que não. Estou aí. Se eu achar alguém que queira acreditar em mim, eu me coloco à disposição, sim. Mas, hoje só penso em trabalhar 24 horas por dia pelo município.

– O fato das pessoas falarem de uma possível candidatura o senhor avalia como resultado do seu trabalho?

Vejo, sim. Não só ao trabalho do Paulinho, mas de toda a equipe.

– E o PSB, é o partido que o senhor pretende permanecer?

Estou no PSB, é o partido do prefeito Victor, devo fidelidade a ele. Construímos juntos essa candidatura para prefeito da cidade, tivemos sucesso, e eu sou equipe. Mas, vamos construir juntos e lá na frente vamos ver o que irá acontecer.

– Alguma mensagem para a população de Cachoeiro?

Talvez, seja até um grande defeito meu: penso 24 horas em Cachoeiro de Itapemirim. Penso 24 horas naquilo que eu faço, que é limpar e cuidar desta cidade. Estou à disposição aqui na secretaria. Atendo a todos que me procuram.

 

 

 

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin
Share on email

Leia a revista Fomento

Leia a revista Fomento

Notícias Recentes

Governo do Estado anuncia sistema para auxiliar no enfrentamento às queimadas ilegais

O governador do Estado, Renato Casagrande, anunciou, nesta quarta-feira (18), a aquisição de uma nova