Vereador considera conteúdo de exposição fotográfica impróprio

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exposição

“Não podemos erotizar nossos filhos”. As palavras são do vereador Delandi Macedo (PSC) se referindo à imagem de um homem nú, pertencente à exposição fotográfica que acontece no palácio Bernardino Monteiro, sede da prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim. O edil tem projeto de lei que regulamenta qual conteúdo seria apropriado a ser exposto em locais públicos, diante daquilo que considera como “excesso”.

Delandi, que também é líder do governo na Câmara Municipal, contou à reportagem que, assim que soube da exposição, pediu para que conferissem a presença de classificação etária. “Não tinha em destaque na exposição a classificação, procurei o governo e solicitei que colocassem a classificação etária para evitar que crianças sejam expostas a esse tipo de arte”.

A exposição faz parte do l Salão Nacional de Arte Fotográfica de Cachoeiro, que estará em cartaz na sala Levino Fanzeres até o dia 19 de janeiro de 2018. “Precisamos respeitar cada momento de nossas crianças, tem coisas que é pra adulto, não podemos erotizar nossos filhos ainda cedo”.

A fotografia é do profissional mineiro Caio Vita; a organização da mostra é do também expositor Júlio Cesar Pires. A imagem mostra um homem deitado na cama, sem roupa, segurando um celular.

“Qualifico como imprópria para o ambiente que ela foi exposta, considerando ser o palácio Bernardino Monteiro, a sede do governo. E considero desnecessária para o momento, quando vemos em um debate nacional sobre esse tema que expõe o nu. Onde há excesso é preciso regulamentar, e é isso que estamos regulamentando através da proposta de lei que dei entrada em nossa Câmara”, disse o vereador.

Júlio Cesar afirmou que a exposição tem um feedback positivo de todos os públicos que a visitam e em nenhuma outra que aconteceu neste ano houve tanto movimento na Levino Fanzeres. “Só reforcei o que eu já imaginava: as pessoas em Cachoeiro estão preparadas para entender a diversidade, pelo menos dentro da fotografia”, disse.

Sobre o projeto e o entendimento sobre o assunto do vereador Delandi, ele considerou algo “triste” e eleitoreiro. “Em uma cidade tão carente em tantos aspectos como nossa cidade é, ver políticos desaprendendo atenção e energia pra tentar censurar arte é muito primário e retrógrado”.

“A tentativa de alguns políticos de conseguir votos incentivando a intolerância não vai funcionar para o povo cachoeirense, vai ser totalmente frustrada”, disse Júlio, que acrescentou ser este um reflexo do cenário nacional. “Uma tentativa desesperada de chamar atenção e conseguir votos das pessoas mais conservadoras”.

Conceito

Cesar explicou que a fotografia em questão faz crítica às relações de dependência das pessoas com a tecnologia. “Além disso, a foto não é considerada um nú, pois não é frontal e nem mostra a parte de trás do corpo. Quanto às indicações de classificação de idade, há no prédio inteiro. Todos que foram viram”.

 

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