Chuva aumenta em 30% esgoto lançado no rio Itapemirim

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Cinquenta e dois pontos em Cachoeiro de Itapemirim foram identificados como responsáveis pelo lançamento de esgoto no rio Itapemirim. O diagnóstico feito pela Agersa foi o primeiro passo para reverter a situação e resultou no plano de ação em execução pela concessionária BRK Ambiental. O serviço, iniciado em 2017, terá duração de quatro anos, com investimento total de R$ 10 milhões.

A informação foi repassada pelo diretor-presidente da Agersa, Vilson Coelho, que fez uma prestação de contas de seu trabalho frente à autarquia, considerando sua renúncia do cargo que acontecerá nos próximos dias.

Nesses 52 pontos, o esgoto das residências é lançado na rede pluvial. Para evitar que chegue até o rio, há nessas galerias o sistema chamado de ‘tomada de tempo seco’, que faz a interceptação e drena os resíduos para o coletor que os conduz para a estação de tratamento.

“Porém, quando há um volume considerável de chuva, o esgoto contido sobrepassa essa barreira e chega até o rio. Outro problema desse sistema é que o subterrâneo da cidade fica tomado pelo esgoto, o que aumenta o risco de doenças e a proliferação de ratos”, explicou Vilson. Embora a coleta no município seja próxima a 100%; nos dias chuvosos, esse potencial de proteção ao rio cai para 70%.

Algumas intervenções para retirar o esgoto das redes pluviais já foram feitas em alguns pontos, como avenida Beira Rio, ruas Capitão Deslandes, Pedro Dias, Moreira, entre outras. Há cinco frentes de trabalho atuando nessas obras, segundo Coelho.

“Vale ressaltar que este investimento de R$ 10 milhões é um recurso já arrecadado; portanto, esses serviços já deveriam estar prontos”. Este plano também contempla o distrito de Conduru com a construção de rede complementar. Atualmente, todo o esgoto do distrito é lançado no rio.

Córrego do Amarelo

O diretor da Agersa disse que trabalho semelhante foi realizado no córrego Amarelo, que corta o bairro homônimo; porém ainda há despejo de esgoto. “Cerca de 80 residências ainda fazem esse lançamento irregular no córrego. Comunicamos este fato à Vigilância Sanitária, que é responsável por cobrar a ligação à rede de esgoto, em março de 2017”.

Carro-pipa e análise

A Agersa também realiza o custeio do fornecimento de água potável às regiões que sofrem os impactos da crise hídrica. “Há investimento de R$ 15 mil, ao mês, com carros-pipas”. Em breve, a autarquia iniciará a análise da qualidade da água fornecida no município; informação que hoje é obtida somente a partir dos relatórios enviados pela concessionária.

 

GPS identifica supressão de rotas no transporte coletivo

Os GPS instalados em toda a frota de ônibus do transporte coletivo não só substituíram o trabalho dos fiscais de rua, como também já serviu para identificar a supressão de rotas e o não cumprimento de horários pelo consórcio Novotrans, responsável pelo serviço no município.

“Constatamos essas irregularidades, e isso gerou comunicados e também várias autuações à empresa. Aguardamos o controle absoluto deste sistema antes de disponibilizar à população o aplicativo, que traz informações sobre a localização dos ônibus, velocidade percorrida, entre outras”, informou Vilson.

Ele reforçou que a excelência do serviço de transporte é prejudicada pela redução de passageiros no sistema (houve 10% de evasão em 2017) e também por deficiência no contrato. “Quando é feita cobrança ao consórcio, por exemplo, há medidas que são de responsabilidade da prefeitura”.

 

Agersa arrecada R$ 280 mil, por mês, com contrato de saneamento

O contrato entre a prefeitura e a BRK Ambiental rende à Agersa R$ 280 mil ao mês, através das duas fontes de renda que a autarquia tem: taxa de regulação (1% sobre o faturamento bruto) e a outorga (3%).

Sobre o transporte, essas taxas não foram inclusas no contrato. “Nesta área, só há gasto. O sistema de monitoramento da frota elaborado pela Dataci, por exemplo, teve custo de R$ 20 mil para a Agersa”.

Vilson Coelho falou ainda que houve rearranjo na atuação da autarquia, no sentido de tirar aquilo que não lhe é atribuído. “O serviço de táxi é feito através de permissão; então é competência da prefeitura – da mesma forma, o transporte escolar”. As fiscalizações citadas estão a cargo da Secretaria de Serviços Urbanos.

 

R$ 5 milhões em caixa podem ser usados para obras

O diretor-presidente da Agersa, Vilson Coelho, afirmou que há no caixa da autarquia R$ 5 milhões e que esse recurso pode ser utilizado para obras. Ao assumir, em 2017, havia R$ 1 milhão nos cofres.

 

“Esse dinheiro é da prefeitura. Caso seja decidida uma obra de ampliação da rede, por exemplo, o executivo pode fazer uma lei e a Agersa repassa o recurso”. Coelho contou que houve redução das despesas de R$ 180 mil, mês, para R$ 150 mil.

 

 

Diretor conta que assumiu cargo com tempo pré-determinado

Vilson Coelho esclareceu que quando aceitou o convite do prefeito Victor Coelho (PSB) para chefiar a Agersa havia informado que ficaria um ano na função. Cumprido o período, ele retornará para a iniciativa privada.

Para quem não o conhece, Vilson já atuou na vida pública, chefiando três secretarias municipais na década de 2000, durante a gestão do ex-prefeito Theodorico Ferraço (DEM): Transporte, Planejamento e de Projetos.

Ele tem forte relação com os Coelho: aposentou-se neste ano na Mocal, empresa da família do prefeito; e, em 2012, teve participação na elaboração do plano de governo do então candidato a prefeito Glauber Coelho (PSB), morto em agosto de 2014. Este documento foi considerado por Victor no pleito de 2016.

“Deixo a gestão de forma pacífica e sob conhecimento prévio por parte do prefeito. Acredito que entrego a Agersa com realizações importantes para o município”.

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