O governador Paulo Hartung (PMDB) se posicionou diante das prisões de pessoas ligadas ao presidente da República, Michel Temer, mesmo partido, realizadas hoje pela Polícia Federal. A declaração é posterior à decisão de não ir à inauguração do novo aeroporto de Vitória, que contou com a presença de Temer.
“O País amanheceu mais uma vez sobressaltado com fatos políticos preocupantes. Apoio a investigação dessas denúncias com profundidade e, como democrata que sou, também defendo o amplo direito de defesa de todos os citados”, disse, através de nota.
Foram presos na operação Skala o advogado José Yunes, ex-assessor especial da Presidência da República, e João Baptista Lima Filho, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo. As prisões foram a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Além deles foram presos na mesma operação: em Monte Alegre do Sul (SP), o empresário Antônio Celso Greco, dono da empresa Rodrimar, que opera no porto de Santos; em Ribeirão Preto, o ex-ministro da Agricultura e ex-deputado federal Wagner Rossi, que em 1999 e 2000 foi diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, estatal administradora do porto de Santos; em Americana (SP), Milton Ortolan, auxiliar de Rossi; e, no Rio de Janeiro, Celina Torrealba, uma das donas do grupo Libra.
“Mas ressalto que os episódios políticos sucessivos e graves dessa natureza têm prejudicado o País e a economia, trazendo prejuízos sociais com impacto direto na vida das pessoas, particularmente os mais pobres”, concluiu.