O deputado estadual Almir Vieira (PRP) teve as suas contas referentes à campanha eleitoral de 2016 reprovadas, devido à inconsistências encontradas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). À época, ele disputou o cargo para prefeito em Anchieta – sem sucesso. A sentença da juíza Serenuza Marques Chamon foi proferida no dia 5 de abril e publicada nesta segunda-feira (16).
Conforme o parecer técnico da justiça eleitoral, há divergências na apresentação da prestação de contas e a registrada nos extratos eletrônicos, o que pode caracterizar omissão de movimentação financeira.
No caso, a quantia de R$ 13.564,74 não foi encontrada debitada nos extratos bancários.
“Corroboro entendimento do Ministério Público Eleitoral no sentido de que as justificativas e/ou explicações apresentadas pelo candidato não foram suficientes para afastar as irregularidades apontadas, principalmente no que tange a ocorrência de valores debitados em conta bancária específica, mas não informados na presente prestação de contas”, diz a sentença.
A reportagem fez contato com a assessoria do deputado, porém ainda não obteve retorno.
Maçarico
Há dois anos, o deputado Almir Vieira entrou no ‘olho do furacão’ ao se tornar alvo da operação Maçarico, deflagrada pela Polícia Federal e a Procuradoria Regional Eleitoral.
O objetivo era investigar o desvio de R$ 1,5 milhão da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo (AFPES), que administra o Hospital dos Servidores Públicos Estaduais.
A subtração, segundo a PRE/ES, aconteceu quando Almir presidiu a instituição, antes das eleições de 2014. Conforme apuração, teria ocorrido a destinação de R$ 250 mil para financiar a campanha para deputado estadual.
