Roupas, mobílias e demais pertencentes empacotados; contrato de aluguel encerrado; boleto do novo lar prestes a vencer e ter que morar de favor. Esta é a realidade de muitos cachoeirenses que foram contemplados com um dos mais de 1,2 mil apartamentos do edifício Otílio Roncetti, no bairro Gilson Carone, erguido pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
A queixa foi feita por um grupo de agraciados do programa habitacional, representando os demais, durante a sessão ordinária desta terça-feira (17) na Câmara Municipal.
De acordo com eles, a incerteza impera quanto à entrega dos apartamentos, além de haver um ‘jogo de empurra’ entre a prefeitura, Caixa e a empreiteira contratada.
A maioria dos contemplados assinou o contrato no fim do último mês, quando foi entregue o boleto das prestações. O valor mínimo, segundo eles, é de R$ 80.
“O meu é de R$ 267 e vence no dia 29 deste mês. Falaram que haveria a prorrogação do prazo; porém, a data de inauguração do edifício, que é o que queremos saber, ninguém informa”, disse a dona de casa Denise Cardoso da Silva Campos.
Sobre o adiamento da data para quitar, Denise disse que a razão seria a falta de assinatura de 314 pessoas, também selecionadas para o programa.
“Moro de aluguel e tenho que entregar a casa no próximo dia 20. Já estou com tudo embalado e terei que procurar um lugar para ficar”, contou a diarista Márcia Giovana.
“Estamos desinformados, a prefeitura empurra a questão para a Caixa, que joga para a empreiteira. Sabemos que a obra já está concluída”, falou a também diarista Elisângela de Souza Santana. Os vereadores se dispuseram a colaborar.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura e ela informou que o assunto, nesta fase, é de resolução da Caixa Econômica. A reportagem não conseguiu contato com o banco.