Após receber 10 notificações e três multas por conta de uma série de ‘quebras contratuais’, a empresa Trattar não é mais a concessionária responsável pela coleta de lixo em Cachoeiro de Itapemirim. A partir desta quinta-feira (5), o serviço será prestado pela paulista Corpus – Saneamento e Obras LTDA, através de contrato emergencial de 180 dias.
A rescisão do contrato com a Trattar, que dependia somente de notificação que ocorreu na manhã desta quinta, deu-se devido às inúmeras reclamações da população diante dos problemas apresentados, tais como falha na coleta, seja por falta de pagamento a funcionários ou por veículos danificados; derramamento de chorume pelas vias etc. A informação foi obtida com exclusividade pelo site Em Off Notícias junto ao secretário de Serviços Urbanos, Paulinho Miranda.
“Os problemas se agravaram em dezembro, período em que o próprio edital exigia um reforço na frota da empresa para atender ao crescimento da demanda nesse tempo de festas – e isso não aconteceu. Em janeiro, com a continuidade da deficiência na prestação do serviço, iniciaram-se as notificações por parte da prefeitura. Hoje, é o último dia da empresa”, lembrou o secretário.
Assim que o atual governo assumiu em Cachoeiro, também houve prorrogação emergencial do contrato com a CTRCI de 180 dias; à época a prefeitura alegou falta de tempo hábil para elaborar o processo licitatório. O preço praticado era de R$ 138,90 a tonelada.
A Trattar venceu a licitação (única a participar) no fim de setembro de 2017, com a oferta de R$ 105,97, por tonelada – o termo de referência do certame colocou como teto o valor de R$ 136,49. “Os imprevistos ocorridos não tiveram nenhuma relação com a prefeitura, que honrou com todos os compromissos firmados no contrato.
Nova empresa
De acordo com o secretário Paulinho Miranda, a empresa Corpus começa a operar no município com sete veículos, pela manhã; seis, à noite, e dois carros ficam como reserva. “Teremos 10 veículos no total e mais uma rota beneficiada durante o dia. Além disso, vamos ampliar o acesso aos pontos mais altos da cidade. Atualmente, a Trattar estava com apenas quatro veículos circulando”, reclamou, sendo que deveria ter sete trabalhando e dois, na reserva.
Outra adaptação feita no termo de referência para o atual contrato emergencial foi a majoração do valor: R$ 152 a tonelada. “O município terá mais um veículo, de seis toneladas e moderno, para fazer a coleta nas ruas de difícil acesso”.
A rescisão foi assinada na tarde de ontem e há a informação de que a nova empresa aproveitará a atual mão de obra e sede, no bairro Coramara. Alguns veículos da Corpus já chegaram na cidade. “Esta decisão foi respaldada no estudo conjunto com a Procuradoria, Controladoria e Secretarias de Administração e de Governo. Chegamos à conclusão de que não havia mais condições de permanecer com a Trattar”.
Trattar
A reportagem fez contato com a direção da empresa e a informação é de que só haveria posicionamento após reunião agendada para hoje (5) com integrantes do governo.