Reunido com a imprensa de Cachoeiro de Itapemirim nesta quarta-feira (5), o candidato ao governo do Estado, Renato Casagrande (PSB), tratou de diversos pontos de seu plano de governo, entre eles as propostas para a área de segurança pública. Uma delas é a criação de um sistema estadual para dar aporte às Guardas Municipais.
“O Sistema Estadual de Segurança Pública vai ajudar os municípios a equiparem e treinarem a Guarda Municipal. Em contrapartida, vamos ter das prefeituras o funcionamento do gabinete de Gestão Integrada para que o prefeito também possa comandar a área, além de investir em iluminação e atividades que possam ocupar as praças e ruas”, disse Renato, que é ex-governador.
O socialista também garantiu o retorno da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) e do Batalhão de Missões Especiais (BME) e a alteração da lei de promoção dos policiais. “Com a lei que vigora, a polícia, atualmente, é de governo e não de Estado. Isso porque alguns policiais são promovidos e outros, não”.
Reajuste
O reajuste salarial é uma das principais bandeiras dos servidores da área de segurança pública, tanto que levou a Polícia Militar a paralisar os serviços em 2017, protesto que gerou o caos em todo em estado. Caso eleito, Casagrande não garante a concessão desta correção nos vencimentos.
“Temos que avaliar o desempenho da economia nacional e o impacto na receita do Estado. Iremos montar uma mesa de negociação permanente não só com a PM, mas com todos os servidores para passar todas as informações”, anunciou. Para ele, a dignidade aos policiais também se dá com condições de trabalho, respeito e diálogo.
Anistia
A anistia aos policiais que participaram da greve no ano passado – manifestação que é proibida por lei – está entre os planos de Casagrande. “Vamos analisar cada processo para identificar injustiças, que foram muitas. O policial que nunca teve anotação em sua ficha e foi excluído da corporação caracteriza injustiça. Estes casos, desde que estejam no âmbito administrativo, terão reversão”.