Tudo começa com apertos de mão, abraços, elogios e promessas. Geralmente, todo este processo de conquista dificilmente faz os olhos dos eleitores brilharem; pelo contrário: sangram – devido à rejeição à classe política.
E, ao final das campanhas eleitorais, com a quantidade de ‘santinhos’ (que nos perdoem os santos) jogada aos montes pelas ruas surge a dúvida sobre qual seria o símbolo mais adequado para certos candidatos: a candura ou o lixo.
Se tanto material impresso já foi entregue às mãos dos eleitores, colocado em caixas de correios ou por baixo da porta das residências, fixado – até sem permissão – nas maçanetas e limpadores de vidros dos carros, por que imaginar depois que o eleitor vai revirar o lixo para encontrar o melhor nome para representá-lo?
Em todos os pontos de Cachoeiro de Itapemirim que têm seções eleitorais, e também no percurso entre eles, há lixo jogado.
O secretário de Serviços Urbanos, Paulinho Miranda, informou ao Em Off Notícias que três equipes já iniciaram a limpeza das vias públicas ainda pela manhã. A expectativa é de que a conclusão do trabalho aconteça após às 20h deste domingo (7).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disciplinou no art. 14, § 7º, Resolução 23.551/2017, que o derrame ou a anuência com o derrame de material de propaganda no local de votação ou nas vias próximas, ainda que realizado na véspera da eleição, configura propaganda irregular.
O infrator fica sujeito à multa no valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00 por cada ato de propaganda, além de obrigado à restauração (art. 37, § 1º, Lei 9.504/97). Em Cachoeiro, não há notícias de ocorrência desta infração.