A revolução do século XXI

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Gabi Prado1

O dia 7 de setembro de 2021 marcou uma série de manifestações populares ao longo de todo o território brasileiro. Foram às rus de inúmeras cidades do país eleitores do atual presidente Jair Bolsonaro, eleitores de partido da oposição em relação ao governo vigente e houve, ainda, mobilização da classe de caminhoneiros que se organizava para uma paralisação de suas atividades do no dia 8 do mesmo mês.

Pensar em manifestações populares no século XXI, nos impulsiona a refletir sobre as estratégias traçadas para que tais atos aconteçam e possam, então, assumir um papel fundamental na mudança que se espera. Mecanismo legítimo do posicionamento civil como um todo (e, sobretudo, nas plataformas digitais – visto que ocupar esses meios significa manifestar-se), questiono se as motivações estão claras.

Parte do corpo que ocupou esses eventos, fez uso de sus redes sociais. Nelas, era possível ler: “nós, cristãos, falamos de política hoje para podermos falar de Jesus amanhã” – seguida de uma hashtag que se opunha ao regime comunista. Foi neste ponto, dentre tantos outros que não vêm ao caso agora, que o abismo da informação se materializou e habitou entre nós.

A ideologia comunista sugere; segundo Karl Marx – de maneira breve e simplificada -, a abolição da propriedade privada, a socialização dos meios de produção, o fim da divisão de classe e a abolição da exploração do trabalho. Tudo isso baseando na relação opressor (burguesia) x oprimido (proletariado) que opera no sistema capitalista em prol de uma sociedade autorregulamentável que eliminaria as formas de opressão social.

Jesus andava com o povo, expulsou cambistas do templo de Salomão, pregou sobre a importância de amar e respeitar o próximo, universalizou um saber e não o deteve, tampouco restringiu esse saber para uma classe de privilegiados que o poderiam acessar exclusivamente. Jesus falava sobre igualdade.

Longe de mim comparar Jesus Cristo santificado a um resquício que seja de um tal comunismo que mal conhecemos. Afinal, vivemos do capitalismo e dele sim podemos falar com mais propriedade. Acontece que, onde não há opressão, não há proibição de saberes. A opressão vem a passos largos, mascarada de informação e por detrás de um fanatismo alienante, difícil de compreender. É preciso estar com os dois olhos bem atentos para que esse mar de News, cujo objetivo é atender a um interesse próprio, não nos afogue.

 

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