O presidente eleito da Câmara de Cachoeiro, Alexon Cipriano (PROS), que toma posse em 1º de janeiro, reuniu-se nesta terça-feira (18) com a presidente do Conselho Municipal de Diretos das Pessoas com Deficiência, Ana Cláudia Araújo, e a técnica de edificações da prefeitura, Sandra Louzada, que também é engenheira especialista em acessibilidade.
O tema do encontro foi a realização de um projeto com as obras de adaptação que serão feitas nas instalações da Câmara, para eliminar barreiras motoras e sensoriais, visando dar autonomia a deficientes, idosos, obesos, acidentados e outras pessoas com mobilidade reduzida.
Também estiveram os demais membros da Mesa Diretora eleita: vice-presidente Ely Escarpini (PV), Primeiro-secretário Elio Carlos Silva de Miranda (PDT) e Segundo-secretário Sílvio Coelho (PRP). O representante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, Ronilson Barbosa, e o cartunista Ricardo Ferraz, que há cerca de uma semana alertou os vereadores para a necessidade de ampliar a acessibilidade no prédio do Legislativo, também participaram da reunião.
Segundo Alexon, a acessibilidade será uma das prioridades em sua gestão. “Estamos iniciando desde já o planejamento, que será feito com base técnica e profissional. Queremos nos adaptar a todas as exigências legais, cumprindo etapas, de acordo com nossa capacidade financeira”, afirmou Alexon, que faz questão de ressaltar o investimento já realizado pelo presidente atual, Alexandre Bastos (PSB).
“O nosso elevador está sendo totalmente recuperado e volta a funcionar em poucos dias. Agora, vamos aprofundar a visão, tratando das adaptações internas, externas e no entorno do prédio. A legislação exige a construção de rampas, pisos, sinalização e vários outros recursos”, disse.
O projeto das obras de adaptação será feito por Sandra Louzada. “Estou vendo muita vontade de agir. A Câmara pode ser um marco na cultura de acessibilidade em Cachoeiro, inspirando outros órgãos e empresas, ajudando a fechar a fase que prioriza a suntuosidade das escadarias e passando a valorizar a arquitetura mais humana e cidadã”, diz Sandra.
A presidente do Conselho de Pessoas com Deficiência, Ana Cláudia, concorda: “Esta sensibilidade da próxima Mesa Diretora pode dar a Cachoeiro um novo olhar sobre a importância da acessibilidade”, diz. Ricardo Ferraz também elogiou a iniciativa: “É preciso se colocar no lugar do outro. A Câmara somente será de fato a Casa o Povo quando tiver acessibilidade”, afirma.
Alexon informa que, assim que tomar posse, vai providenciar a alocação dos recursos para a produção do projeto. Somente então poderão ser conhecidos o cronograma e valor das obras. “Ainda que não seja possível realizar tudo em dois anos, já que queremos um projeto completo, não deixaremos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. Posso dizer que é um caminho sem volta. Acessibilidade é cidadania”, conclui.