Os setores da educação, saúde e da economia sofrem as sequelas impostas pela pandemia do novo coronavírus, que ainda não chegou ao fim. Com isso, os municípios capixabas, cada um com as suas próprias dificuldades e desafios, não podem romper os elos que os unem, principalmente na corrente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes).
Nenhuma insatisfação pode ignorar que rupturas enfraquecem todo e qualquer movimento que visa o desenvolvimento regional e estadual. Os capixabas, que já sofrem com os impactos de enchentes, seca e vírus, não merecem retrocessos a partir de ações hierarquicamente acéfalas. É preciso alinhar ou realinhar.
Urge no Espírito Santo o equilíbrio econômico entre as regiões norte e sul. Victor Coelho, atual presidente da Amunes e prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, precisa liderar a bandeira da criação de mecanismo de incentivo para o sul do estado, tendo a Sudene como referência.
O Fundesul, antes criado para atrair grandes empresas para os municípios sulinos, deixou de ser um benefício para todo o sul e tem suas vantagens direcionadas unicamente para Presidente Kennedy, que aporta recursos no fundo. É isso mesmo: o Fundesul não é mais do sul.
Nos bastidores, há a informação de que o governador Renato Casagrande (PSB) já ordenou sua equipe de governo a estudar uma solução de incentivo para agraciar o sul do estado. Paralelamente, a Amunes deve intensificar o diálogo para o tema ganhar a celeridade necessária.
Nesta sexta-feira (30), haverá encontro da Amunes em Marataízes, a partir das 9h. É o momento de todos se juntarem ao presidente Victor Coelho e somarem forças às pautas de desenvolvimento econômico. Também estarão presentes no evento o secretário estadual de Desenvolvimento, Tyago Hoffmann, e o presidente do Bandes, Munir Abud de Oliveira.