O secretariado inicial do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Theodorico Ferraço (PP), em parte formado por acordos políticos junto aos partidos que estiveram na coligação da campanha eleitoral, está minando a imagem do governo. Por sua vez, a resposta para colocar a administração nos trilhos é lenta.
Em diversas secretarias, é fácil identificar o estrago ocorrido de forma vertical, com a inabilidade daqueles que ocupam cargos de chefia – fato que, inclusive, aumenta consideravelmente a desastrosa ‘rixa’ entre comissionados e efetivos. Ou seja, a receita perfeita para um péssimo resultado de quaisquer políticas públicas.
O incrível é que o governo sabe onde estão as feridas inflamadas. Tanto que já houve até vazamento de informação, publicado pela imprensa, sobre as possíveis alterações no primeiro escalão. Enquanto faz tudo a conta gotas, o experiente prefeito parece não temer uma sangria desatada.
Falando em ‘rixa’, podemos usar como exemplo o escândalo que aconteceu nesta sexta-feira (23) na Casa da Memória. O episódio envolve possível desrespeito, alicerçado na arrogância e certeza da impunidade, de um comissionado para um servidor efetivo.
E pasmem: com a probabilidade de surgir uma averiguação quanto à suposta existência de funcionário fantasma na pasta da Cultura. A informação é de que um servidor bate o ponto e sai para se dedicar à sua outra profissão pelas ruas da cidade.
Todo o ocorrido, pela intensidade, virá à tona causando ainda mais desgastes, somado à denúncia de corrupção que resultou na exoneração do titular da pasta de Administração.
Não chegamos nem na metade do primeiro ano de governo e a população já presenciou erros de coisas que estavam funcionando, como serviço de limpeza, pagamento do funcionalismo etc.
Os acordos já foram cumpridos. Agora, Ferraço tem que ‘colocar’ o secretariado na ‘peneira’ para separar quem está comprometido com o sucesso do governo daqueles que estão focados somente nas eleições de 2026. Já passou da hora do ‘freio de arrumação’.