Com base em outros eleições, todos os concorrentes à prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim anseiam por uma queda nas intenções de voto do candidato Theodorico Ferraço (PP) nesta reta final. Muitos votos ainda estão para ser conquistados, já que é agora que os eleitores, inevitavelmente, destinam a atenção para o pleito.
Este editorialista vai analisar as chances do candidato Léo Camargo (PL), que também são reais. Embora a eleição local não siga a polarização política nacional, da qual protagonizam Lula e Bolsonaro, Léo tem como atenuante a marca bolsonarista que predominou no município nas últimas eleições.
No segundo turno da disputa presidencial em 2022, os cachoeirenses garantiram 75.317 votos, o equivalente a 69,40% do total da cidade, para o então candidato Jair Bolsonaro, correligionário que pede votos para Léo Camargo.
O mesmo efeito bolsonarista, no mesmo ano, destinou 62.400 votos (58,10% do total) para o então candidato a governador Manatto. Vale ressaltar que o governador Renato Casagrande (PSB) conquistou a reeleição com 1.171.288 (53,80%) dos votos válidos no Espírito Santo; porém, em Cachoeiro, o ‘efeito Bolsonaro’ foi fielmente político.
Com este levantamento, percebe-se que há, em média, 70 mil votos que Camargo pode trabalhar, já que a ausência da polarização não os faz vir automaticamente, como ocorreu há dois anos. É preciso falar a mesma língua, a partir dos reais anseios da cidade. Uma excelente oportunidade para isso é o debate eleitoral que acontece neste sábado (28).