Ataques e cobranças: o que seria apoiar o protesto dos caminhoneiros?

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Com a chegada tímida dos combustíveis nos municípios brasileiros, o que mais se vê são ataques entre pessoas nas redes sociais. O alvo deste ‘tiroteio’ são aqueles que se enfileiram na direção das bombas para abastecer seus veículos; em uma situação em que são considerados ‘traidores’ do protesto dos caminhoneiros.

Em primeiro lugar, existe aí um claro desrespeito à opinião alheia – uma vez que ninguém é obrigado a pensar e se posicionar como a gente. E outra: o fato de abastecer neste momento seria mesmo uma traição ao protesto dos caminhoneiros?

Até onde entendo, a traição só existe quando é quebrada a relação de confiança entre dois seres. Nesta ótica, qual é a relação indissociável do povo brasileiro, que compõe outras fileiras profissionais (com exceção da existência de grau de parentesco), com os caminhoneiros? Haveria algum tipo de corporativismo? Creio que não.

O apoio à atual manifestação é mais que evidente; principalmente, pelo fato dos brasileiros não estarem ‘apontando o dedo’ para os protagonistas do embate contra a União.

Pelo contrário, as pessoas estão pagando caro (sendo, por vezes, vítima de crime contra a economia popular) pelos alimentos, há casos de suspensão de aulas em faculdades, coleta de lixo, agricultores perdendo parte da produção etc. Contudo, ainda vemos muita gente se rebelar contra todos os discursos do presidente da República sobre o tema. Quer apoio maior?

Recentemente, o Espírito Santo passou pela ‘greve’ da Polícia Militar. Percebi que muitos apoiaram; mesmo assim, não vi nenhum desses sair de suas casas para ficar na porta do Batalhão fazendo ‘barreira’. Será que por não ter ido até lá significa que o (a) cidadão (ã) não apoiou o protesto?

Indo mais a fundo, esses ‘ataques’ a quem está colocando gasolina ou álcool em seus tanques agora (veículos que são instrumentos de trabalho e também para urgências familiares) passam a impressão de um sentimento de culpa. Como? Pelo fato de não haver a mesma coragem dos caminhoneiros; daí fica mais fácil os colocarem à frente da própria covardia diante das pautas que lhe afligem.

Afinal, só para constar, a pauta dos caminhoneiros não é – como afirmam por aí – a de todos os brasileiros. Sobre o combustível, por exemplo, a reivindicação é em torno do óleo diesel, e não da gasolina que tem um preço exorbitante… e que, certamente, irá compensar a redução do valor do diesel.

E tem mais. Assim como a classe dos caminhoneiros é importante para o país, todas as outras também são. Basta imaginar quaisquer outros setores paralisando seus trabalhos. A interrupção dos serviços dos atuais manifestantes prejudicou o Brasil devido à falha logística de transporte por parte do governo, que abandonou as ferrovias. Se não fosse isso, o impacto seria sentido, porém não nestas proporções.

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