O engenheiro civil Deyvid Barboza é o único cachoeirense que compõe as missões de combate à Rússia dentro da Ucrânia. A guerra entre os dois países teve início em fevereiro deste ano. Deyvid fez contato com o Em Off Notícias e revelou detalhes do terror vivido no local.
Segundo ele, há apenas nove brasileiros colaborando com as tropas ucranianas, sendo ele o único do Espírito Santo. Daqui pra frente, você poderá ler, na íntegra, as declarações de Deyvid enviadas nesta segunda-feira (23):
“Então.. estou próximo da fronteira com a Rússia, local não pode ser revelado por segurança, e estamos nos preparando para retomar as cidades invadidas. Em especial Mariupol.
O clima é sempre de tensão, do nosso lado pelos bombardeios aéreos e uso de mísseis, inclusive bomba de Fósforo branco (proibida o uso pelas convenções de guerra internacionais) e tensão também em toda a Europa com a adesão da Finlândia e Suécia a NATO.
A Rússia sem dúvidas tem um poderio bélico grande, mas despreparados em relação a táticas de batalhas, logística, tecnologia. Onde estamos conseguindo resistir e rumo a uma vitória.
Sou contratado diretamente pelo exército Ucrâniano, militar ativo, e assumi aqui a responsabilidade de treinar equipes para missões específicas com uso de explosivos, etc…, faço parte do grupo de operações especiais do exército, onde vamos ainda esta semana para o fronte de batalha.
Impedir massacres de civis inocentes como está acontecendo nas cidades onde os russos ocupam, Bucha mesmo é um exemplo dessa barbárie que é constante, mulheres, crianças e idosos amarrados e degolados, algumas mulheres antes da morte foram violadas, inclusive crianças! E isso tem que parar! E vai parar! Por isso que eu luto aqui ao lado dos irmãos Ucrânianos.
E aonde passamos os civis nos reconhecem nas ruas, sabem que somos estrangeiros e estamos ali por eles! E nos agradecem muito! O povo Ucrâniano é um povo acolhedor! Me sinto em casa aqui.”
Interceptados mísseis sobre a cidade!
Comboio russo destruído rumo a Karkiv! Um massacre impedido
Em Off Notícias: Por que você decidiu lutar em favor da Ucrânia e qual era a sua experiência com armas de guerra?