A Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim não foi notificada sobre a prisão do vereador Dario Silveira Filho (PSDB), mais conhecido como Darinho da Saúde, ocorrida nesta quarta (4). O tucano é mais um dos detidos na operação Panaceia, conduzida pelo Ministério Público capixaba através de parcerias. As investigações, que tiveram início em junho de 2015, apontam fraude fiscal superior a R$ 100 milhões no ramo farmacêutico.
Nesta 2ª fase da operação, na qual o vereador também foi alvo, os mandados cumpridos são relativos a pessoas que, de uma forma ou de outra, auxiliaram outros investigados para que os crimes não fossem descobertos.
Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, deferidos pela 1ª Vara Criminal da Justiça de Cachoeiro de Itapemirim. Além do vereador, está preso um funcionário de uma farmácia. Também foi recolhido um equipamento para pagamento por meio de cartão de crédito e débito, apreendido pela Sefaz por encontrar-se em local diferente do que estava autorizado a funcionar.
Pela falta de notificação oficial, a Câmara Municipal optou por não se manifestar sobre o prejuízo da prisão sobre a manutenção do mandato de Darinho. Nos bastidores, a informação é de que o suplente é Amos Marcelino, que disputou as últimas eleições pelo PSDB e obteve 899 votos.
Entenda o caso
A Operação Panaceia foi deflagrada após prévia investigação, cujas diligências – em um primeiro momento – indicam que empresários de distribuidoras de remédio e de farmácias, bem como pessoas que faziam a distribuição e venda de medicamentos sem emissão de notas fiscais, ou emitindo notas com conteúdo inidôneo, estavam fraudando o Fisco Estadual e possibilitando a venda indiscriminada de medicamentos de uso controlado sem a retenção do receituário médico.