Capitão Deslandes: bucólico e saudável à natureza

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Foto: Márcia Leal

Não sei como ocorreu em outros locais do mundo; mas, em Cachoeiro de Itapemirim, lembro exatamente da quase necessidade – cunhada ‘cérebro abaixo’ – de ter asfalto nas ruas. Chegamos a assistir e, por muitas vezes, até batalhar juntos diante da qualidade (R$ 1,99 ou não?!), ou falta dela, da massa química que cobria o solo, distanciando a ‘sede’ de nossa flora da água da chuva.

Fechando os olhos para a questão política (quem fez, quem deixou de fazer…), deparei-me com a finalização da rua central Capitão Deslandes. Foram retirados dali cerca de 25 centímetros de concreto arrematado com asfalto.

Não há dúvida que, perante o nosso olhar apaixonado pelo concreto em detrimento do ‘verde’, a primeira impressão é de que ‘regredimos’ na questão do piso ideal para os nossos carros ‘passearem’. Porém, desapegando do ‘afã’ de ir além, e focando no aquém, fica fácil perceber uma ‘respiração’ quase via cordão umbilical em locais sem impermeabilidade do solo.

Aqueles ‘memes’ que circulam nas redes sociais de pessoas fritando ovos no asfalto reforça o que digo. Cá entre nós: sabemos, bem, que em Cachoeiro o ovo torra assim que beija o solo. Não, é? Imagina, então, se os locais asfaltados no município não são muito mais quentes em função da ‘tinta’ preta que devotamos.

E mais: além do mal feito à vegetação adjacente e a majoração do calor, há estudos (nada grave) de possíveis males à saúde (vide matéria feita em 07/10/08, por C. Claiborne Ray, do ‘New York Times’, e publicada pelo G1). Óbvio que as vias de grande fluxo necessitam deste tipo de pavimentação. Contudo, creio que nem tudo se aplica em tudo.

Voltando à Capitão Deslandes, vemos que é uma passagem em um ponto com trânsito saturado em Cachoeiro – assim, como todas numa circunferência que engloba as ruas Moreira, 25 de Março, Pinheiro Júnior, parte da Beira Rio e outras vizinhas.

Fugindo só um pouco do assunto, sou favorável à extinção do trânsito de quaisquer veículos em boa parte do Centro, após jogar toda essa ‘balbúrdia’ [Prefeitura e suas subdivisões estruturais] para os extremos da cidade – leia-se: Monte Líbano, São Joaquim, Safra… Não. Não afetaria o comércio. Pelo contrário, seria uma ‘passeata do consumo’ dos locais e da população flutuante.

O tom bucólico, citado no título, é a sensação instantânea que tive (não é unânime, claro) de estar caminhando por uma via do interior, rumo à uma cachoeira ou algo feliz parecido; porém em meio a um comércio vasto de opções e (o melhor) com a certeza de ver um broto impondo sua vida na resistência vil das pedras químicas. Torço para que venham as árvores próprias para o local e o ‘decreto’ que favoreça o trânsito somente dos humanos, ao invés das máquinas poluidoras.

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