Dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 divulgados pelo IBGE indicam a redução do número de pessoas no campo no Brasil em cerca de 1,5 milhão de pessoas e o aumento no número de máquinas, em relação ao Censo de 2006. Entretanto, no Espírito Santo houve um crescimento no número de trabalhadores rurais e de máquinas agrícolas. No estado, tivemos um crescimento de aproximadamente 40 mil novos postos de trabalho, no período.
Vice-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara e coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado federal Evair de Melo (PP-ES) afirma que o Censo revela a força agropecuária do Espírito Santo. “O nosso estado tem um grande potencial agrícola que precisa ser cada vez mais estimulado, com pesquisa, assistência técnica e extensão rural para que possamos gerar cada vez mais oportunidades de emprego e renda no campo”.
Para garantir a realização do Censo, por mais de uma vez adiado, Evair chegou a apresentar uma indicação (INC 2221/2016), sugerindo a realização do estudo. “A publicação do Censo viabiliza a realização de novas análises sobre a realidade econômica e social do Brasil que podem nos auxiliar na superação da crise e na retomada do crescimento econômico”.
No último Censo Agropecuário o estado tinha 317.568 pessoas atuando no campo e esse número aumentou para 357.248, crescimento de aproximadamente 12,5%. O movimento é semelhante ao que acontece em quase todos os estados da região Norte, exceto em Rondônia, e nos estados da região Centro-Oeste.
O Espírito Santo é o quinto estado do país em território ocupado por terras agrícolas, com 70,18%, superado apenas pelos estados do Mato Grosso do Sul (81,65%), Goiás (77,51%), Rio Grande do Sul (76,95%) e Paraná (73,94%). De acordo com o Censo, a área agrícola do Espírito Santo cresceu de 2.839.854ha para 3.234.529ha, um aumento de aproximadamente 14% em relação ao número apresentado em 2006. Já o número de tratores praticamente dobrou: de 11.857 para 24.321, cerca de 105%.
Censo
O Censo Agropecuário 2017 tem como objetivo estabelecer um panorama do “Brasil Agrário”, para que os atores responsáveis pelo setor possam compreender a dinâmica do uso da terra e dos meios produtivos, as relações de trabalho e a mecanização da mão de obra, entre outros fatores.