Certa vez, assisti entrevista de um lutador de MMA na qual revelou que temia que o braço fraturado ficasse fragilizado após a recuperação. Mas, o que viu foi um membro mais resistente do que antes. Gostaria de pensar (mas, a realidade não permite) que os buracos cobertos no asfalto das inúmeras vias de Cachoeiro seguissem o mesmo trâmite. Só que não suportam poucas horas de chuva.
Tal problema gera uma infinidade de dúvidas preocupantes. Uma delas é a impressão de que o material asfáltico utilizado nas ‘operações tapa-buracos’ é muito inferior ao já instalado; senão, era para a água da chuva retirar toda a cobertura química que descaracteriza e ‘moderniza’ o ambiente natural.
Claro que não falo como engenheiro, que não sou; mas como mais um cidadão que tem que escolher o menor buraco para cair. E também não direciono estas letras para a atual gestão, que, simplesmente, dá continuidade à ‘solução’ de reparação de outrora e que nunca fez jus à palavra solução.
Em julho deste ano, a prefeitura comprou R$ 1,5 milhão em insumos para iniciar a operação tapa-buraco. Se pensarmos bem, é uma fortuna que resolve o bom tráfego até a próxima chuva. Ou seja, é grana bueiro a baixo. Imagina quanto do nosso dinheiro já foi gasto para essas ações flagrantemente paliativas? Um desperdício?
Como estamos diante de uma problemática complexa, digo com base na falta de solução definitiva ‘secular’ das operações tapa-buracos, penso que o mais adequado seria a realização de um estudo do solo para identificar as suas características e variações conforme as mudanças climáticas e resistência aos tipos de veículos que trafegam pela via.
Enfim, é apenas um ‘chute’ de quem desconhece engenharia, porém é graduado, assim como muitos, nos prejuízos causados pelas crateras abertas no nosso caminho. Com a palavra, os especialistas…