Coligações partidárias: karma, Lei da Semeadura, Diagrama de Causa e Efeito ou Terceira Lei de Newton?

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin
Share on email
Tatiana

Em dezembro do ano passado falamos aqui a respeito dos prováveis candidatos à Presidência; na ocasião, citamos 11 nomes. Dos que falamos, João Dória e Sérgio Moro abandonaram a corrida. Eduardo Leite, Aldo Rebelo, Luciano Bivar e André Janones ficaram pelo caminho; Cabo Daciolo vai tentar o Senado e Marina Silva, a Câmara dos Deputados.

Ainda assim, no último dia 05, as legendas confirmaram 12 candidaturas. As chapas devem ser apresentadas até dia 15 de agosto junto à justiça eleitoral.

Assim, está bem perto de conhecermos mais do que os principais nomes – geralmente ficamos presos ao candidato à Presidência – está perto de conhecermos a quem esses nomes se uniram por meio de coligações, a fim de vencer as eleições. E sim, isso pode nos dar alguns sinais de gestão posterior, afinal, em política ninguém oferece seu apoio a troco de nada, né não?!

Eu sei, muita gente critica, considera este tipo de articulação como algo que soa imoral, afinal, como agentes políticos até então antagonistas podem, de repente, serem aliados? Podendo! Está previsto em lei.

As coligações são um tipo de capital partidário; os partidos usam deste artifício para ganhar terreno e aumentar suas chances de terem resultados positivos, elegendo mais representantes, aumentando seu tempo de propaganda eleitoral na TV, tendo acesso à transferência de votos, maior fundo eleitoral e por aí vai…

Pasmem: as coligações podem ser realizadas entre partidos rivais, com ideais diferentes, porém com afinidade de objetivos. O bom e velho “os fins justificam os meios”, que Maquiavel não escreveu, mas explicou muito bem.

Outro detalhe é que as coligações são de natureza puramente eleitoral, portanto são temporárias, podendo ser extintas após as eleições. Isso explica o porquê ocorrem tantos rompimentos mesmo quando a chapa é vencedora.

A negociação gira em torno do alcance de acordos que beneficiem mutuamente a todos os envolvidos, então uma hora a conta chega. Por isso, discursos que envolvem afirmativas populistas como “não vou negociar cargos”, ou é coisa de quem não sabe o que está fazendo, ou de quem quer ludibriar o eleitorado.

Por isso digo que é interessante avaliarmos as coligações dos candidatos, pois na prática entenderemos, por exemplo, porque determinada pessoa ocupa um cargo numa estatal, como foi a formação do staff ministerial, qual será a cara do próximo governo.

É possível entender também, como determinado grupo político conseguiu se (re)inserir no cenário mesmo sem ter vencido as eleições diretamente, ou tendo grande rejeição. Do nada a gente escuta “mas fulano não estava sumido?” Na verdade, fulano estava convencendo eleitores à transferirem seu voto para cicrano. Obtendo sucesso, voltou para ser recompensado.

Por isso, as coligações em algum nível são consideradas um ciclo vicioso que envolve promessas que podem levar ao controle estatal por um agente diverso ao eleito. Para o eleitor fica parecendo que atiramos no que vimos e acertamos o que não vimos.

É o que eu sempre digo, a zona é cinzenta demais para nos mantermos em análises meramente superficiais neste processo de busca pelo nosso candidato. As entrelinhas são muito importantes.

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin
Share on email

Leia a revista Fomento

Notícias Recentes

Diego é o nome escolhido do trio para disputar a prefeitura de Cachoeiro

O ex-secretário da prefeitura de Vitória, Diego Libardi (Republicanos), é o pré-candidato a prefeito de