A base aliada do governo Victor Coelho (PSB) na Câmara Municipal parece ter ficado ainda mais forte após o recesso. A eleição da presidência da Casa de Leis e as votações dos projetos da administração no fim de 2018 já revelavam a força do executivo; porém, nada parecido com a composição das Comissões Permanentes nesta terça-feira (6).
As duas principais comissões, que são as de Constituição, Justiça e Redação e a de Finanças e Orçamentos, são presididas por apoiadores natos: o socialista e ex-presidente da Câmara, Alexandre Bastos, presidirá a de Justiça; Alexandre de Itaoca (DEM), a de Finanças. Ely Scarpini (PV) e Delandi Macedo (PSC) – líder do governo – são os respectivos relatores.
Muitos acreditam que o resultado positivo está atrelado ao recente trabalho do secretário de Governo, Paulinho Miranda. Sabe-se que ele fez reuniões pontuais com alguns vereadores, no intuito de alinhar os anseios dos edis – movidos pelas demandas das comunidades – ao poder de execução da prefeitura.
O trabalho das comissões permanentes, além da avaliação legal, proporciona ou não celeridade à votação das matérias. O que não pode acontecer é a anuência política em detrimento da técnica para que as intenções da administração, em favor do município – não sejam desfeitas, futuramente, na execução de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins).