“Não há vereadores envolvidos nas gravações”. A garantia é do corregedor da Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, vereador Braz Zagotto (SD), sobre o suposto pagamento de pessoas para pressionar os vereadores a aprovarem o projeto de lei sobre o subsídio de R$ 1,6 milhão ao sistema de transporte coletivo. O fato foi captado pelo circuito de videomonitoramento interno da Casa de Leis.
“Como não tem vereadores envolvidos, iremos encaminhar as imagens ao Ministério Público e investigar o conteúdo paralelamente. Tudo indica que as pessoas que estavam na Câmara na última sessão não eram funcionárias do consórcio Novotrans; elas foram pagas para pressionar”.
Nos bastidores, a informação é de que na sessão ordinária do último dia 27, um vereador teria reconhecido uma pessoa que estava entre os manifestantes e sabia que ela não trabalhava na área de transporte coletivo. Este cidadão teria dito que receberia R$ 50 para estar ali.
A partir desta informação, ainda na terça, seis vereadores assinaram documento requerendo as imagens internas; foram eles: Antônio Geraldo e Wallace Marvila, ambos do (PP); Rodrigo Sandi (Podemos); Allan Ferreira (PRB); Alexon Cipriano (Pros) e Diogo Lube (PDT).
O conteúdo foi liberado aos edis pela Casa de Leis na quinta-feira; a maioria dos vereadores assistiu na segunda (3) reunida na sala da presidência – isso gerou outro requerimento: de envio das imagens para a Corregedoria.
Até o fim desta manhã, o presidente da Câmara Municipal, vereador Alexandre Bastos (PSB), não tinha enviado o material ao corregedor. As imagens também não foram divulgadas para o público externo.