O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), que iniciou esta semana não sendo mais o líder do governo do Estado na Assembleia Legislativa, associou a sua saída da liderança a aditivo milionário ao contrato do Detran para serviço de guincho – trabalho confrontado pelo parlamentar.
Para Enivaldo, a eleição antecipada para a presidência da Ales, que reconduziu Erick Musso ao posto maior, não influenciou na decisão do governo em retirá-lo da condição de líder.
“Eu sabia que ia sair da liderança e não era pela eleição da Assembleia, não. Isso era pano de fundo. Sabia que ia sair na quinta-feira (26), quando eu peguei o Diário Oficial e li um aditivo de contrato do Detran de R$ 3 milhões, dando a uma empresa que ninguém conhece, para botar guincho no Espírito Santo, uma empresa com capital social de R$ 130 mil. Que empresa sortuda é essa. E todo mundo sabia que no dia em que esse guincho voltasse ia ter o meu ódio, a minha repulsa”.
O deputado falou sobre a suposta ‘máfia do guincho’, que ele combateu em outrora.
“Eu posso perder amizades, perder amigos, posso brigar até de mão, mas não aceito que a máfia do guincho volte a agir no Espírito Santo. Essa mesma máfia voltou a agir em Vitória. Eu não sei por que de uma hora para a outra eu passei a não servir mais”, acrescentou.
Cancelamento
O deputado Dary Pagung (PRP), que é vice-líder do governo, afirmou na mesma sessão que o contrato do Detran com a empresa citada será cancelado. O novo líder, deputado Eustáquio de Freitas (PSB), confirmou a informação.